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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

7 mitos sobre Plutão que você deveria parar de acreditar.

Por: http://www.galeriadometeorito.com/2015/12/7-mitos-curiosidades-sobre-plutao.html

mitos sobre Plutão

Alguns mitos sobre Plutão são repassados como "verdades", mas as pesquisas mostram o contrário.

Nos confins do Sistema Solar encontramos Plutão, o planeta anão que outrora era conhecido como o nono e mais distante planeta do Sistema Solar. Agora ele é classificado como planeta anão, porém, sua grande distância continua sendo a principal responsável pelos mistérios e dúvidas que o cercam.



Desde sua descoberta, em 1930, a humanidade nunca esteve tão próxima de Plutão. Em julho de 2015, a sonda New Horizons fez sua primeira aproximação com o planeta anão, quando chegou a 12.500 km de sua superfície, capturando imagens incríveis e resolvendo mistérios de longa data. Mas claro: Plutão ainda é um dos maiores mistérios do Sistema Solar, e apesar de não compreendê-lo por completo, algumas verdades científicas devem ser repassadas, e alguns mitos, desmistificados.

Confira os 7 maiores mitos (e conceitos errôneos) sobre Plutão:


Mito 1 - Plutão é muito pequeno

Algumas pessoas pensam que Plutão é pequeno, assim como um asteroide qualquer do Cinturão Principal. Na verdade, Plutão é bem robusto, com cerca de 2.360 km de diâmetro (cerca de dois terços a largura da nossa Lua). A maior lua de Plutão, Caronte, tem 1.207 km por si só. Já seus outros quatro satélites conhecidos são realmente muito pequenos.


Comparação de tamanhos planetas anões
Comparação de tamanhos dos planetas anões (e suas luas) com a Terra.
Créditos: Wikimedia Commons

Além disso, Plutão é consideravelmente maior do que praticamente todos os outros objetos no Cinturão de Kuiper, o anel de corpos gelados além da órbita de Netuno. A grande maioria dos objetos do Cinturão de Kuiper são do tamanho de cometas, com poucos quilômetros de diâmetro. Várias dezenas têm pelo menos algumas centenas de quilômetros, mas apenas 2 objetos (até onde se sabe) têm mais de 2.000 km de diâmetro: Plutão e Eris, ambos planetas anões, e com o mesmo tamanho aproximado.


Mito 2 - Plutão é muito escuro com pouca luz do Sol

Plutão orbita o Sol a uma distância de mais de 4,8 bilhões quilômetros em média, por isso muitas pessoas imaginam que sua superfície deve ser escura como o breu o tempo todo. Mas de acordo com Alan Stern, principal investigador da New Horizons, a iluminação em Plutão ao meio-dia não é tão baixa quanto se pensava. Seria como um dia nublado e cinza aqui na Terra, com os mesmos níveis de radiação do crepúsculo. Ou seja, pode não ser como no Ceará, "a Terra do Sol", mas também não é tão escuro quanto se pensava...


Mito 3 - Plutão era uma lua de Netuno

Esta é uma velha teoria de que se tornou popular logo após a descoberta de Plutão. Ela foi refutada em 1965, quando pesquisadores descobriram uma ressonância orbital entre Plutão e Netuno, que simplesmente impedia a possibilidade dos dois estarem relacionados, mesmo no passado.


Plutão foi uma lua de Netuno?
Ilustração artística.
Créditos: Wikimedia Commons


Mito 4 - Plutão é um mundo de gelo

A superfície de Plutão é coberta por muito gelo, incluindo nitrogênio congelado e metano congelado, mas a densidade de Plutão como um todo, é duas vezes a densidade do gelo de água, o que mostra que a massa do planeta é constituída apenas por um terço de gelo, e dois terços de rocha.


Mito 5 - Plutão não tem ar em sua atmosfera

Os investigadores descobriram, na década de 1980, que Plutão tem uma atmosfera composta principalmente de nitrogênio, assim como a atmosfera da Terra. Mas o ar de Plutão, que também contém monóxido de carbono e metano, é muito mais fino do que o da Terra, e estende-se significativamente mais longe no espaço.


Plutão atmosfera
Ilustração artística de Plutão.
Créditos: NASA / JPL-Caltech

Por exemplo, a atmosfera da Terra chega a 600 km acima da superfície do planeta (cerca de 10% o raio da Terra). Em contrapartida, o limite exterior da atmosfera de Plutão encontra-se a a cerca de 7 raios de Plutão acima de sua superfície. O volume da atmosfera de Plutão, portanto, é de mais de 350 vezes maior do que o próprio planeta anão, de acordo com o co-investigador da New Horizons, Michael Summers. Levando isso em consideração, poderíamos até chamar Plutão de "Planeta Ar"... mas claro, os cientistas não iam gostar nem um pouco disso...


Mito 6: A órbita de Plutão é estranha e diferente de tudo

A órbita de Plutão é muito elíptica (alongada), trazendo o planeta anão tão próximo quanto 4.430 milhões quilômetros do Sol, e tão distante quando 7,31 bilhões de quilômetros da nossa estrela. Além disso, a órbita de Plutão é inclinada em cerca de 17° em relação ao plano da eclíptica, o plano da órbita entre a Terra e o Sol.



Os parâmetros orbitais de Plutão são muito diferentes dos oito planetas oficiais, que tendem a mover mais ou menos no mesmo plano ao redor do Sol, praticamente com órbitas bem circulares... mas não isso não faz de Plutão o detentor da órbita mais estranha do Sistema Solar. Outros habitantes do Cinturão de Kuiper, como os planetas anões Eris e Haumea, têm órbitas ainda mais elípticas e inclinadas, isso sem contar com a órbita de cometas que são altamente alongadas, ou a trajetória de alguns planetas extrassolares.


Mito 7 - Plutão é o planeta anão mais distante do Sol


Orbita de Plutão e Eris
Créditos: Galeria do Meteorito

A localização de Plutão realmente é muito, muito distante. Enquanto a luz do Sol leva cerca de 8 minutos para chegar na Terra, ela viaja por mais de 5 horas para chegar em Plutão. Mesmo assim, Plutão não é o planeta anão mais distante do Sistema Solar. O planeta anão Eris é o mais distante de sua categoria, e se compararmos com outros Objetos Trans-Netunianos, como Sedna, Plutão nem parece estar tão longe assim... Para se ter uma ideai da distância, nessa imagem não podemos ver a órbita do Objeto Trans-Netuniano Sedna, justamente por estar longe o suficiente para não ser enquadrada.


Ou seja, Plutão está muito, muito longe do Sol, mas como tudo no Universo consegue nos surpreender, outros planetas e objetos encontram-se ainda mais distantes, e portanto, mais difíceis de serem estudados.

Fonte: Galeria do meteorito. Acesso em 03/02/2017.

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