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domingo, 11 de dezembro de 2016

Formação da Lua.


Alemães fazem máquina funcionar e vão mudar o mundo nos próximos anos.






Por três décadas, a humanidade esteve pesquisando a fusão nuclear na esperança que isso se transformasse em uma fonte inesgotável de energia
fusaonuclear
Uma das maiores descobertas cientificas deste ano foi conseguir colocar, pela primeira vez, uma máquina de fusão nuclear funcional. Isso aconteceu na Alemanha, onde a máquina Wendelstein 7-X foi confirmada de realmente funcionar nesta semana.
A máquina faz a mesma coisa que o sol faz: funde átomos para gerar energia. É o oposto da energia nuclear que temos hoje, que funciona através da fissão. Por três décadas, a humanidade esteve pesquisando a fusão nuclear na esperança que isso se transformasse em uma fonte inesgotável de energia. Estamos muito próximos de conseguir.
Ao dominar a fusão nuclear, estaremos perto de uma fonte de energia inesgotável, e isso deve mudar o planeta para sempre: poderemos desalinizar água salgada, por exemplo, e transformar desertos em grandes fazendas – eliminando a fome -, podemos fazer o custo do transporte ser baixíssimo.
O Wendelstain 7-X é uma máquina circular de 16 metros, que tenta imitar as condições das estrelas para fundir átomos e produzir energia, produzindo um campo magnético para segurar o plasma gerado no processo. Isso foi conseguido, com um campo magnético 3D que conseguiu fazer o processo sem destruir a máquina.
Inicialmente, a máquina deve gerar energia apenas para si. Depois, poderemos começar a usar essa tecnologia para gerar uma enorme quantidade de energia de maneira muito barata e muito limpa, já que o produto da reação é água.
Fonte:http://conteudo.startse.com.br/mundo/felipe/alemaes-fazem-maquina-funcionar-e-vao-mudar-o-mundo-nos-proximos-anos/

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Ponto luminoso muito forte chama a atenção no céu noturno.

Nos últimos dias, um interessante objeto luminoso está claramente visível no céu noturno, mas pode ser observado mesmo com o firmamento ainda claro, próximo ao entardecer. O que seria essa luz que chama tanto a atenção e brilha tão forte quanto um farol celeste?

Planeta Venus
O planeta Vênus pode ser encontrado no quadrante oeste, mesmo com o céu ainda claro, nos primeiros dias de dezembro de 2016.
Antes que os mais afoitos digam que se trata de uma nova estrela ou então de alguma coisa inexplicável, informamos que esse ponto super luminoso existe desde a formação do Sistema Solar e não é nem um pouco desconhecido. Trata-se do planeta Vênus, que está em seu período de máxima elongação oriental.
Quando isso acontece, a distância angular entre Vênus e o Sol é muito grande e faz com que que o planeta nasça e se ponha depois do Sol, permitindo que seja observado com muita facilidade nos finais de tarde.
Atualmente, Vênus está a 141 milhões de km da Terra e com 70% do seu disco visível. Se observado através de um pequeno telescópio ou luneta, se parecerá como uma mini lua crescente.

Se você ainda não viu Vênus reluzindo tanto, esse é o momento. É só olhar pra cima no final da tarde. Aquele ponto super luminoso é Vênus, no espaço há 4.5 bilhões de anos.

Fonte: 
www.apolo11.com/spacenews.php

Cometa no céu nesta virada de ano! 2016/2017.


Novamente um Cometa irá alegrar as nossas noites de Natal e Ano Novo !

Pelas previsões o Cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdusakova irá atingir a Magnitude Aparente +7 no final do ano de 2016 e no início de 2017, podendo ser observado com instrumentos astronômicos até na época do Carnaval. 
O cometa não poderá ser observado a olho nu, mas será "alvo fácil" para binóculos, lunetas e telescópios.
Cuidado com os sites hoax e sensacionalistas da internet falando que o cometa poderá ser visto a olho nu !
Nas noites próximas do Natal, o cometa poderá ser observado com magnitude +8 (não visível a olho nu) podendo ser observado com instrumentos no início da noite na constelação de Capricórnio.
No último anoitecer de 2016, o cometa 45P ainda estará na constelação de Capricórnio, mas brilhando agora com magnitude +7. A Lua com luz cinérea, iluminada somente 6,6% estará a somente 4,3º do cometa 45P ! Será uma ótima oportunidade para "caçar e observar" o cometa. Aproveite para mostrar o Cometa, a Lua, Vênus e Marte para seus amigos e parentes.
No final da madrugada de Ano Novo estará visível no céu os planetas Júpiter e Saturno.
O Cometa 45P na noite de Ano Novo estará a 100 milhões de km da Terra, viajando no espaço a 55 km/s ou 198.000 km/h.
Nos dias seguintes, o cometa estará se aproximando do periélio solar e a Lua mais iluminada atrapalha a observação.
No dia 6 de janeiro de 2017, o Cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdusakova irá chegar a 0,54 au do Sol e a 0,59 au da Terra (88 milhões de km da Terra). Neste dia o cometa estará na constelação de Capricórnio, podendo ser observado ainda no anoitecer. Este é o último final de semana favorável para a observação do cometa.
Este será o melhor momento para observar o cometa 45P.
O cometa volta a ser observado no primeiro final de semana de fevereiro de 2017,agora no final da madrugada.
O problema é que o astro estará muito baixo no céu na primeira semana de fevereiro e na segunda semana de fevereiro a Lua Cheia arruína a observação.
No dia 11 de fevereiro de 2017, o cometa 45P estará a 0,088 au, ou 12,6 milhões de km da Terra (Será o Periélio Terrestre). Neste dia o cometa está viajando no espaço a 38,7 Km/s ou 139.320 km/h.
O problema é que neste dia, 11 e nos próximos dias, a Lua Cheia estará no céu, atrapalhando a observação.
O cometa estará na constelação de Hércules, podendo ser observado no final da madrugada. Neste momento, o comenta estará com magnitude +8.
No final de semana do dia 18, o cometa estará na constelação de Boieiro, mas a sua magnitude aparente irá subir rapidamente, pois o cometa começa a se despedir de nós.
Na madrugada de domingo, 18 de fevereiro, o cometa estará brilhando com magnitude +9,6, na constelação de Cães de Caça, com a Lua atrapalhando a observação.
No final de semana de Carnaval, o cometa 45P estará na constelação de Leão, mas infelizmente o cometa somente poderá ser observado com telescópios de grande abertura.
Sua magnitude aparente estará com o valor +11.
Esta será a passagem mais próxima do cometa 45P com a Terra em décadas ! Então não perca chance de observá-lo.
O cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdusakova é periódico e classificado como sendo de meia-idade, passando pela Terra a cada 5,2 anos. Seu núcleo é de cerca de 0,9 km de diâmetro.
O cometa 45P/ foi descoberto em 3 de dezembro de 1948 por Minuru Honda. Ele confirmou sua descoberta em 5 de dezembro e descreveu o cometa como difuso, com uma magnitude +9.
Com o cálculo de sua órbita, foi notado que o cometa passou a somente 0,08 do planeta Júpiter em 1935. A passagem de raspão do cometa em Júpiter mudou até a sua órbita e o seu período orbital de 5,5 anos para 5,27 anos.
Em 1983, o cometa novamente raspou Júpiter, mudando seu período orbital de 5,27 para 5,30 anos
Na sua última passagem pela Terra, em 2011, vários astrônomos amadores brasileiros relataram o cometa, muitos utilizando somente binóculos. O cometa chegou a magnitude +6,6, não chegando a ser visível a olho nu. Em 15 de agosto de 2011, o cometa 45P passou a 0,06 au ou 8,9 milhões de km da da Terra, sendo a sua maior aproximação até este momento desde a sua descoberta.
No dia 11 de fevereiro de 2017, o cometa 45P irá chegar a 0,088 au da Terra ou 13 milhões de km.
Estamos tendo sorte para os "Cometas Papai Noel".
Em 2011, o astrônomo australiano Terry Lovejoy descobriu em novembro, o cometa C/2011 W3 (Lovejoy).
Este foi o Presente de Natal astronômico em 2011.
O cometa C/2011 W3 (Lovejoy) conseguiu sobreviver ao periélio e deu o Show para os brasileiros nas madrugadas próximas ao dia de Natal.
Este cometa foi apelidado de cometa "Papai Noel", já que foi "uma surpresa" o cometa não ter sido dissolvido na passagem pelo Sol e podendo ser observado.
O cometa C/2011 W3 (Lovejoy) chegou até a ser observado a olho nu !
No final do ano de 2014, dois cometas estavam no céu no fim de ano, os cometas C/2014 Q2 (Lovejoy) e o cometa C/2012 K1 (PANSTARRS).
O cometas C/2012 K1 (PANSTARRS) e C/2014 Q2 (Lovejoy) somente foram observados com lunetas e telescópios.
Este era o quinto cometa descoberto por Terry Lovejoy e a humanidade somente irá ver ele novamente daqui a 8000 anos.

Agora é esperar o cometa 45P que nos visita a cada 5,3 anos.
A imagem do 45P/Honda-Mrkos-Pajdusakova foi feita pelo austríaco Michael Jäger em setembro de 2011, usando um telescópio de 20 cm, uma câmera CCD Sigma 6303 e filtros RGB.

Fonte: https://www.facebook.com/OQueVerNoCeuAstronomia/photos/a.331943486984502.1073741828.331852660326918/686545451524302/?type=3&theater

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Comprimento de Onda e Luz.

Nós recebemos muitas informações sobre o mundo a partir de sensoriamento a distância, nossos olhos, ouvidos etc, são ferramentas importantes, mas para os astrônomos e astrofísicos isso não é o suficiente. A invenção do telescópio no início de 1600 foi um passo crítico.
Sir Isaac Newton foi importante para a nossa compreensão sobre a luz. No processo de explicar suas teorias da luz, Newton usou em suas observações um prisma, e demonstrou claramente que a luz visível do Sol é uma mistura de um espectro contínuo de cores.
prisma-de-newton
Vamos descrever este espectro de cores como vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta. No entanto, é importante perceber que, há uma mistura contínua de cores de vermelho para laranja para amarelo, azul e assim por diante.
Em 1800, o astrônomo, Sir William Herschel, realizava alguns experimentos com filtros de cores diferentes em seu telescópio. Herschel separou a luz solar em seu espectro com um prisma. Ele usou três termômetros. Ele colocou uma lâmpada em cada cor do espectro e usou os outros dois termômetros como controles. Descobriu que cada cor da luz produzia uma temperatura mais elevada do que os controles.
controle
Ele também observou que o aumento da temperatura progredia do azul para o vermelho. Quando ele mediu a temperatura um pouco além do vermelho, ele encontrou nesta região (sem luz visível) temperaturas mais elevadas (infravermelho). A nova radiação pode ser refletida, refratada, absorvida e transmitida como luz visível. Christiaan Huygens em 1690 definiu a luz como uma onda. No início de 1800 Thomas Young apoiou a teoria de ondas de luz com uma série de experiências importantes. Em 1905 Einstein mostrou que a luz também possui propriedades das partículas. Compreendemos agora que a luz tem tanto a propriedade de onda como a de partículas. A teoria de que a luz tem propriedades semelhantes às de onda permite considerar a luz em termos de comprimento de onda.
Porque essa explicação ?
É fácil…..!
As imagens que os astrofísicos usam para estudar o universo, incluindo obviamente o nosso Sol, são obtidas através do espectro e comprimento ondas, e como foi dito acima, cada “cor” ou comprimento de onda tem, digamos, uma temperatura característica. Isso quer dizer que certos detalhes só aparecem em um comprimento de onda específico.
Sabemos que certos animais podem “ver” a luz infravermelha. Isto permite-lhes encontrar presas no escuro, porque a energia térmica é emitida no infravermelho. 
Outro exemplo
A imagem abaixo é uma visão da galáxia M101 tomada pelo Ultraviolet Imaging Telescope (UIT) a bordo do Space Shuttle Endeavour. O UIT é um instrumento sensível à luz ultravioleta. A imagem foi processada no computador, de modo que as cores representam a intensidade da luz ultravioleta.
galc3a1xia
Imagem da galáxia M101 por Ultraviolet Imaging Telescope no Space Shuttle Endeavour. Isso mostra principalmente nuvens de gás contendo estrelas recém-formadas muitas vezes mais massiva que o Sol, que brilham fortemente em luz ultravioleta. A imagem ultravioleta mostra aos astrônomos muito mais sobre a formação de nova estrela do que a fotografia tirada em luz visível. (imagem: Ultraviolet Imaging Telescope).
Fonte: https://planetakuiper.wordpress.com/2016/11/14/comprimento-de-onda-e-luz/

Super Lua.

A verdade sobre a Super Lua do dia 14 de novembro.

Resultado de imagem para imagem super lua

Cuidado com algumas informações que estão sendo divulgadas na internet sobre a Superlua do dia 14 de novembro:
O que é o fenômeno astronômico Superlua?
Ocorre pois a órbita da Lua é elíptica, e o centro dessa elipse não coincide com o centro da Terra, com isso existe um momento no período orbital lunar em que a Lua está mais próxima da Terra, nesse momento ocorre a Superlua.
O que eu vou ver no céu?
É um fenômeno quase imperceptível, onde a Lua fica sutilmente com um tamanho maior no céu (aproximadamente 15% maior), e com mais brilho (aproximadamente 30% mais brilhante).
O que vai acontecer dia 14/11/2016?
Haverá super Lua, porém não será a maior do século como vem sido compartilhado nas redes sociais. A maior super Lua do século ocorrerá no dia 06 de dezembro de 2052, onde a Lua estará apenas 94 quilômetros mais próxima que a do dia 14/11/2016, ou seja, não vai ser nada extraordinária.
Eu preciso sair da cidade para ver a super Lua?
Não. A lua é um dos objetos mais brilhantes do céu e você não precisa fugir da poluição luminosa para observar.
Como eu observo a super Lua?
Você pode observar a olho nu, ou fotografar com uma lente teleobjetiva, ou com um telescópio. Ou acompanhar a transmissão ao vivo no dia 14 de novembro a partir das 20 horas pelo canal Ciência e Astronomia.
Fonte: http://www.universoracionalista.com

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Saiba porque não dá para ver os objetos deixados pelo Homem na Lua.

Algumas vezes somos questionados sobre qual seria o melhor tipo telescópio para que seja possível ver a bandeira ou o carro deixados pelos astronautas na Lua na década de 1970. Outras vezes a pergunta recai sobre o motivo pelo qual, mesmo existindo tantos telescópios na Terra, essas mesmas fotos não são publicadas. Apesar de parecerem ingênuas à primeira vista, as perguntas são bastante interessantes e mostram como um pouquinho de conhecimento pode explicar muita coisa.


Antes de entrar em detalhes, é necessário informar que as fotos dos objetos deixados na Lua não são publicadas simplesmente porque elas não existem. E o motivo é bem simples: não existe nenhum telescópio capaz de enxergar objetos tão pequenos a uma distância tão grande. Nem o telescópio Hubble é capaz desse feito!
Para explicar o motivo que faz essa observação ser praticamente impossível é necessário conhecer dois conceitos importantes: o tamanho angular da Lua e dos objetos no céu e o poder de resolução de um telescópio. Vamos começar pelo primeiro.


Medida Angular
Em astronomia a abóbada celeste é divida em um arco de 360 partes ou graus. Cada uma dos 360 graus desse arco é divido em outras 60 partes ou minutos. Assim, o arco da abóbada tem ao todo 21600 minutos. Cada minuto desse arco também é dividido em 60 partes ou segundos, tornando a abóbada um arco composto de 1296000 segundos.


Cada um dos minutos desse arco é chamado de arco-minuto ou minuto de arco enquanto cada segundo é chamado de arco-segundo ou segundo de arco. Qualquer uma dessas denominações estão corretas e podem ser empregadas sem confusões.


Tamanho da Lua
É na abóbada imaginária que estão dispostos todos objetos celestes, os planetas, as estrelas, o Sol e a Lua. Se olharmos a Lua veremos que ela ocupa aproximadamente meio grau (30 minutos) no arco dessa abóbada, ou seja, 1800 arco-segundos.

Como sabemos, a Lua tem um diâmetro de 3474 km e é praticamente esse disco que enxergamos aqui da Terra. Se este disco de 3474 km ocupa 1800 segundos, então cada arco-segundo dele equivale a 1.93 quilômetro.
Uma vez compreendido o conceito acima, vamos ao segundo ponto da questão. Se não entendeu, leia novamente!


A Resolução do Telescópio
Todos os instrumentos óticos, inclusive nossos olhos, têm suas limitações e um dos principais fatores que determinam a capacidade de um telescópio é chamado de "Poder de Resolução". É ele que determina o tamanho do menor objeto que se pode ver através de um telescópio.

Existem diversos métodos para se calcular o poder de resolução de um telescópio e um dos mais usados é o "Critério de Rayleigh". Para usá-lo basta dividir 139.7 pelo tamanho da objetiva em milímetros. O resultado será o poder de resolução, expresso em arco-segundos.
Como exemplo, um telescópio de 150 milímetros tem um poder de resolução de 0.93 arco-segundos (139.7/150mm), o que significa que objetos menores que isso não poderão ser vistos por este telescópio. Apenas para lembrar, a Lua tem 1800 arco-segundos.
A grosso modo, o poder de resolução de um instrumento é diretamente proporcional ao tamanho da sua abertura. Em outras palavras, quanto maior o diâmetro da objetiva ou espelho, melhor será seu poder de resolução.


Juntando tudo e mais um pouco
Como vimos no início, cada arco-segundo no disco lunar equivale a 1.93 km. Se apontarmos para ela nosso telescópio de 150 milímetros, capaz de "resolver" 0.93 arco-segundo, então o menor objeto que podemos ver com ele na superfície da Lua precisa ter no mínimo 1794 metros. Veja porque:


1 - Poder de Resolução=139.7 "dividido" por 150 mm = 0.93 arco-segundo.
2 - Resolução=1.93 km x 0.93 = 1794 metros

Ou seja, com um telescópio de 150 milímetros não dá pra ver o carro, a bandeira ou a pegada de Armstrong na Lua!


Mais força!
Mas... E se aumentarmos o diâmetro do telescópio. Que tal um caro instrumento de 300 milímetros? Bem, neste caso as coisas melhoram, mas não muito. Vejamos:


1 - Poder de Resolução=139.7 "dividido" por 300 = 0.46 arco-segundo.
2 - Resolução=1.93 x 0.46 = 898 metros

Melhorou bastante mesmo. Com um instrumento de 300 milímetros já dá para ver objetos de 898 metros, mas o carro, a bandeira ou a pegada de Armstrong... Nada feito!
Mais Potência
Vamos poupar esforços e vamos olhar a Lua com o maior telescópio que existe no mundo, o SALT, na África do Sul. Seu espelho tem nada menos que 11 metros de diâmetro, ou seja, 11 mil milímetros. Será que agora dá para ver os apetrechos lunares? Vamos ver:


1 -Poder de Resolução=139.7 "dividido" por 11000 = 0.0127 arco-segundo.
2 - Resolução=1.93 km x 0.0127 = 24.51 metros

Nada ainda... Nem com o maior telescópio do mundo é possível ver o carro, a bandeira ou a pegada de Armstrong na Lua!

Concluindo
Como deu pra perceber, não basta ter um telescópio para se ver os equipamentos deixados na Lua. É preciso que esse telescópio tenha um diâmetro muito grande, capaz de "resolver" detalhes muito pequenos. Supondo que o carro deixado na Lua tenha aproximadamente 2.5 metros de comprimento, o telescópio terá que ter aproximadamente 100 metros de diâmetro para que os instrumentos lá deixados sejam visíveis aqui da Terra. Sem dúvida, um instrumento impraticável!


A título de curiosidade, o olho humano médio tem um poder de resolução de 120 arco-segundos. Assim, quando olhamos a Lua o menor detalhe que podemos ver precisa ter no mínimo (1.93 km x 120 seg) 231 quilômetros!

Agora que você já entendeu como se calcula o poder de resolução de um telescópio, faça os mesmos cálculos para o Sol, Júpiter, Marte, etc. A tabela ao lado mostra os diâmetros reais (em km) e angulares (em arco-segundos) para os diversos objetos do Sistema Solar. Experimente. Você vai se surpreender!


No topo, o astronauta e comandante da Apollo 17 Eugene Cernan é retratado pelo piloto Harrison Schmitt, em dezembro de 1972. Ao lado direito da foto temos o Jipe-Lunar deixado na superfície da Lua e ao fundo as marcas das trilhas deixadas durante a expedição. Crédito: Nasa. Na sequência, diagrama mostra a Lua sob a abóbada celeste e seu diâmetro aparente em arco-minutos e real em km. No detalhe vemos o maior telescópio do mundo - SALT - localizado na África do Sul. Mesmo com seu espelho de 11 metros de diâmetro não é possível ver os objetos na superfície da Lua. Acima, tabela mostra os tamanhos reais e angulares de diversos objetos do Sistema Solar. Crédito: Apolo11.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

China Completes Installation of World's Largest Telescope.

China Completes Installation of World's Largest Telescope

The aerial photo taken on July 3, 2016 shows the Five-hundred-meter Aperture Spherical Telescope (FAST) in Pingtang County, southwest China's Guizhou Province. Installation was completed on the world's largest radio telescope on Sunday morning as the last of 4,450 panels was fitted into the center of the big dish. Scientists will then begin debugging and trial observation of the FAST. (Xinhua/Liu Xu)

Installation was completed on the world's largest radio telescope on Sunday morning as the last of 4,450 panels was fitted into the center of the big dish. Hoisting of the last triangular panel to the reflector, which is the size of 30 football fields, began at 10:47 a.m. and lasted about an hour. It was a landmark step for the telescope's planned launch of operations in September.

About 300 people, including builders, experts, science fiction enthusiasts and reporters, witnessed the installation at a karst valley in Pingtang County in the southwestern province of Guizhou.

"The telescope is of great significance for humans to explore the universe and extraterrestrial civilizations," said Liu Cixin, a renowned science fiction writer, at the site.

"I hope scientists can make epoch-making discoveries," said Liu, who won the 2015 Hugo Award for Best Novel.

Scientists will then begin debugging and trial observation of the Five-hundred-meter Aperture Spherical Telescope (FAST), said Zheng Xiaonian, deputy head of the National Astronomical Observation (NAO) under the Chinese Academy of Sciences, which built the telescope.

The project has the potential to search for more strange objects to better understand the origin of the universe and boost the global hunt for extraterrestrial life, said Zheng.

Zheng said the radio telescope will be the global leader for the next 10 to 20 years.

In the first two or three years after its completion, the telescope will undergo further adjustment, and during that period Chinese scientists will use it for early-stage research. After that, it will be open to scientists worldwide, said Peng Bo, director of the NAO Radio Astronomy Technology Laboratory.

Scientists can also carry out remote control and observation in other cities such as Beijing, more than 2,000 kilometers from the telescope site, said Peng.

Upon completion, the telescope will dwarf Puerto Rico's Arecibo Observatory, which is 300 meters in diameter. It will also be 10 times more sensitive than the steerable 100-meter telescope near Bonn, Germany, he said.

"Most of the technology and materials are domestically made," said Wang Qiming, chief technologist of the FAST project.

Among the 7 FAST receivers, five were domestically made and another two were co-produced by Chinese, Australian and American institutions.

Work on the 1.2-billion-yuan (180 million U.S. dollars) FAST project began in 2011.

Credit: xinhuanet.com

A Terra vista da Estação Espacial Internacional(ISS).


Nave interplanetária Juno se aproxima de Júpiter.

Na noite desta segunda-feira, a sonda interplanetária JUNO fará a primeira de uma série de aproximações do planeta Júpiter. O evento será retransmitido ao vivo pelo Apolo11, com imagens da NASA-TV.
Concepcao artistica mostra a sonda JUNO proxima ao planeto Jupiter
Concepcao artistica mostra a sonda JUNO proxima ao planeto Jupiter
Concepção artística mostra a sonda JUNO próxima ao planeta Júpiter

A operação de hoje é chamada de Inserção Orbital e tem como objetivo fundamental diminuir a velocidade da nave JUNO, fazendo com que a gravidade de Júpiter a capture em uma orbita altamente elíptica em torno dos polos do planeta.

Essa operação é extremamente crítica e será efetuada a partir do disparo dos foguetes da JUNO, que queimarão durante 35 minutos.
Ao Vivo
Toda a operação de inserção será transmitida ao vivo pela NASA TV, que mostrará os controladores do JPL, da NASA, confirmando todas as etapas através dos dados telemétricos enviados pela sonda.

O Apolo11 retransmitirá o evento ao vivo nesta página e também na homepage a partir das 22h30mia pelo horário de Brasília. Não perca!

Fonte: http://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Ao_vivo_nave_interplanetaria_Juno_se_aproxima_de_Jupiter&posic=dat_20160704-111540.inc

quarta-feira, 16 de março de 2016

Cometa se aproxima e fará maior aproximação da Terra em 246 anos


Dois cometas estão neste momento se aproximando da Terra e um deles passará a apenas 9 distâncias lunares, a terceira maior aproximação da história e maior para um cometa nos últimos 246 anos.

Posicao do cometa P/2016 BA14 (Pan-STARRS)
Posição do cometa P/2016 BA14 (Pan-STARRS) na noite de 22 de março, visot da cidade de São Paulo


O primeiro cometa a se aproximar será 252P/LINEAR 12, que hoje, 16 de março, deverá atingir o perigeu e cruzar as cercanias da Terra a 5.3 milhões de quilômetros de distância.

Na semana que vem será a vez de P/2016 BA14 (Pan-STARRS), que no dia 22 de março passará a apenas 3.5 milhões de quilômetros do nosso planeta, o equivalente a nove vezes a distância entre a Terra e a Lua. Esta será a terceira maior aproximação histórica de um objeto deste tipo e a maior dos últimos 246 anos.

Cometas Mais Próximos
O cometa que mais se aproximou da Terra foi D/1770 L1 (Lexell), que no ano de 1770 fez um rasante a 2.26 milhões de quilômetros. 

Em 1360, o cometa 55P/1366 U1 (Temple-Tuttle) raspou nosso planeta quando passou a 3.42 milhões de quilômetros. Depois foi a vez de C/1983 H1 (IRAS-Araki-Alcock), que chegou a 3.42 milhões de quilômetros em maio de 1983, mas perderá esta posição para P/2016 BA14 no dia 22 de março próximo.

Tanto 252P/LINEAR 12 como P/2016 BA14 (Pan-STARRS) são cometas periódicos, ou seja, orbitam o Sol em períodos curtos menores que 200 anos. 252P/LINEAR completa uma volta ao redor do Sol a cada 5.34 anos, enquanto BA14 a faz em 5.24 anos.


Há Risco de Colisão?
Embora as aproximações de asteroides sejam comuns, alguns deles cruzando perigosamente a orbita da Terra na altura dos satélites artificiais, o mesmo não se pode dizer dos cometas, que geralmente passam bem longe, a milhões de quilômetros. Com isso, o risco de colisão fica completamente afastado.


Dá pra ver o cometa?
Apesar de ambos os cometas estarem bem próximos, a observação deles a olho nu é e será impossível sem o uso de instrumentos. 

Astrônomos experientes calculam que o brilho de BA14, que passará em 22 de março, ficará entre 12 e 13 magnitudes, muito acima do limiar da visão humana que é entre 5 e 6 magnitudes. Assim, a contemplação de sua passagem ficará reservada aos possuidores de telescópios com diâmetro a partir de 150 mm.

Para saber onde encontrar P/2016 BA14 (Pan-STARRS), sugerimos o uso de algum software do tipo planetário - Stellarium, por exemplo - que depois de atualizado mostrará a posição do astro no céu a qualquer momento.

Na região Sudeste, o melhor momento para encontrar P/2016 BA14 será após o pôr do Sol, preferivelmente após 21 horas. O cometa estará no quadrante norte, abaixo da constelação do Leão, mas a observação estará prejudicada devido à presença da Lua cheia. 

segunda-feira, 7 de março de 2016

Asteroide e Eclipse Solar.

Asteroide se aproxima e eclipse total escurece a Indonésia



Entre hoje e amanhã, dois eventos celestes devem chamar bastante a atenção. Hoje, um asteroide poderá passar de raspão pela alta atmosfera da Terra. Amanhã, outro lado do mundo, algumas partes do planeta mergulharão na sombra da Lua.

Orbita do asteroide 2013 TX68
Orbita do asteroide 2013 TX68: Com muitas incertezas, modelos mostram que a menor aproximação pode ser de 22 mil km. A melhor solução aponta para 493350 km.


Naturalmente, os dois eventos não estão relacionados e acontecerão em momentos diferentes do dia, a começar pelo rasante do asteroide 2013 TX68, uma rocha de cerca de 40 metros e orbita pouco conhecida e que por isso mesmo tem causado grandes incertezas sobre sua aproximação.

A última vez que 2013 TX68 foi visto foi em 09 de outubro de 2013, 10 dias depois de descoberto. Com tão pouco tempo de observação, os astrônomos só conseguiram marcar 36 pontos de sua passagem, o que tornou o cálculo da orbita altamente impreciso. 

Inicialmente, as soluções mostravam que o asteroide passaria nas vizinhas da Terra no dia 5 de março, mas um novo modelo orbital produzido em 25 de fevereiro de 2016 mostrou que a aproximação será hoje, segunda-feira, 7 de março, às 21h06 BRT (00h06 UTC de terça-feira, 8 de março).

O grande problema da aproximação deste asteroide é que devido à incerteza sobre sua orbita, os cálculos mostram uma diferença muito acentuada entre a distância mínima calculada e a mais provável. Enquanto a distância esperada fica em torno de 5 milhões de quilômetros, a distância mais próxima é de cerca de 30 mil km do centro do planeta, ou 24 mil km da superfície.

2013 TX68 tem cerca 40 metros de comprimento e pesa 80 mil toneladas. Se passar pela Terra no limite inferior da previsão, poderá ser visto sem auxílio de binóculos em locais de céu escuro. 

A velocidade de deslocamento de 2013 TX68 é de 52 mil km/h e se atingisse a Terra, liberaria a mesma energia que 2 mil toneladas de TNT, suficientes para fazer um bom estrago sobre uma cidade. 


Eclipse Total
Deixando de lado o improvável impacto do asteroide TX68, na terça-feira o céu também será palco de um dos belos eventos da natureza, o eclipse total do Sol, quando a Lua se posiciona exatamente na frente do Sol e cria uma espécie de noite em pleno dia.

Eclipse total sol negro
Foto do eclipse solar total ocorrido em 2008, clicado pelo astrofotógrafo Miloslav Druckmuller


Este eclipse será visto em sua totalidade em partes da Indonésia, incluindo Sumatra, Borneo e Sulawesi. No leste e norte da Austrália o eclipse será visto parcialmente, assim como no sul e leste da Ásia. 

Eclipse Total 2016
Mapa mostra o caminho da sombra projetada durante o eclipse de março de 2016


No Brasil
No Brasil o eclipse não será visível e devido ao fuso horário ocorrerá no final da noite de terça-feira. Como em outras ocasiões, o Apolo11 retransmitirá o evento, gerado pela NASA TV.
Fonte: www.apolo11.com

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

NASA pretende enviar submarino à Lua de Saturno.



Mar de petróleo
Pousar uma sonda na superfície de um cometa foi indiscutivelmente uma das mais audaciosas conquistas espaciais dos últimos tempos.
Mas uma missão que está sendo estudada pela Nasa pode desbancar esse feito.
A proposta prevê o envio de um submarino robô aos mares oleosos de Titã, uma lua de Saturno onde alguns cientistas acreditam poder existir um tipo de vida diferente da que conhecemos aqui na Terra.
Os mares de Titã não são formados por água, mas por hidrocarbonetos, parentes do petróleo, como metano e etano, que permanecem em estado líquido na lua, onde a média de temperatura é de -180 ºC.
Embora tenha sido recentemente considerada uma das cinco missões espaciais que todos gostariam de ver, a proposta está nos estágios iniciais, financiada pelo NIAC (sigla em inglês para Conceitos Inovadores e Avançados da Nasa), no qual cientistas são incentivados a pensar no futuro, sem se importar ainda com os detalhes técnicos necessários para viabilizar a missão.
“Isto é muito libertador. Você pode deixar sua imaginação correr solta,” disse Ralph Lorenz, coordenador do projeto, dizendo acreditar “a missão é possível com os recursos, tempo e tecnologia certos”.
Submarino espacial
Submarinos não tripulados, conhecidos genericamente como UUVs (unmanned underwater vehicle), são usados amplamente para exploração petrolífera e monitoramento ambiental. Assim, tecnologias já existentes poderiam ser adaptadas para a missão.
Um dos aspectos mais impressionantes da proposta é uma ideia de levar o submarino a Titã usando uma versão da mini nave espacial militar X-37B.
O submarino seria levado na área de carga da nave não tripulada e poderia ser lançado nos mares de Titã de duas formas possíveis.
Em uma delas, o X-37B poderia abrir as portas de sua área de carga ainda em voo e liberar o submarino robô. O aparelho então abriria um pára-quedas para pousar na superfície do mar.
A alternativa seria a nave pousar na superfície do mar e então abrir seu compartimento de carga, liberando o submarino antes de afundar.
NASA estuda envio de submarino a lua de Saturno
Uma boia poderia servir como estação retransmissora das informações coletadas pelo submarino. [Imagem: NASA]
Time melhorada
A lua Titã tem semelhanças com Terra, porém em uma versão congelada, o que a torna um alvo atrativo para exploração. Ela já foi visitada pela sonda Huygens, que atingiu a superfície em 2005.
Uma missão chamada TiME (Titan Mare Explorer), na qual Ralph Lorenz esteve envolvido, deveria ter retornado à lua com uma sonda flutuante que pousaria no mar para recolher dados.
A TiME foi um dos três projetos finalistas em um processo de escolha de missão espacial de baixo custo da Nasa, mas perdeu para o projeto InSight, uma sonda que irá estudar o interior de Marte, com lançamento previsto para o ano que vem.
O novo conceito de missão para Titã combina os objetivos científicos da TiME com outros que se tornariam possíveis graças ao uso do submarino.
“Você poderia fazer tudo que uma missão como a TiME poderia ter feito, particularmente no litoral, com medições de tempo e composição da superfície, medição das ondas,” disse Ralph Lorenz. “Mas ela também possibilitaria fazer um mapeamento detalhado do fundo do mar, onde está guardado um registro rico da história do clima de Titã.”
O estudo não identificou quais instrumentos seriam carregados pelo submarino. Mas um sonar, uma câmera e um sistema para coletar amostras do fundo do mar são candidatos óbvios.
Prazo ou preço
As comunicações também terão uma importância vital. O polo norte de Titã tem que estar apontado para a terra para que as comunicações sejam feitas de forma direta. Porém, esse alinhamento só voltará a acontecer no ano de 2040.
Para realizar a missão antes disso, uma outra espaçonave poderia ficar orbitando Titã para receber os dados do submarino e repassá-los à Terra. Isso possibilitaria o lançamento da missão a qualquer momento, mas também aumentaria consideravelmente seus custos.
A fonte de energia para as espaçonaves também é um problema crucial. Missões espaciais que ocorrem além do cinturão de asteroides estão longe demais para usar a energia solar. Elas precisam usar combustível nuclear baseado em plutônio.

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Fonte: http://www.obadeolhonoceu.com.br/nasa-pretende-enviar-submarino-a-lua-de-saturno/