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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

NASA inscreve para astronautas.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia/nasa-aceita-inscri%c3%a7%c3%b5es-para-quem-deseja-virar-astronauta/ar-BBnBsdI?li=AAggV10&ocid=mailsignoutmd

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Meteoro, Meteorito e Meteoroide.

Meteoro - Bólido

O que é um meteoro? O que é um meteorito? O que é um meteoroide? Apesar da semelhança entre estas palavras, elas significam coisas diferentes ainda que estejam relacionadas. Por vezes surge alguma confusão entre estes termos. Vamos então neste artigo abordar cada um deles e ficar a conhecer as diferenças entre meteoro, meteorito e meteoroide.
Quem tem por hábito observar o céu noturno, de vez em quando é surpreendido pelo surgimento de um rápido e repentino traço luminoso que logo desaparece. Esse fenômeno é um meteoro, popularmente chamado de estrela cadente ainda que na realidade nada tenha a ver com estrelas. Um meteoro é um fenômeno luminoso provocado pela passagem de um fragmento de matéria interplanetária que entra na atmosfera terrestre. A fricção da atmosfera faz arder essa pequena partícula de matéria e é isso que observamos quando surge um meteoro.
Um meteoroide é um fragmento de matéria interplanetária, cuja dimensão é bastante menor que um asteroide e bastante maior que uma molécula. Um meteoro é portanto causado pela passagem de um meteoroide na atmosfera terrestre. Os meteoroides podem ter várias origens: podem ser matéria expelida por um cometa, principalmente quando este se aproximou do Sol; podem ter origem na colisão entre asteroides; ou ainda podem ser fragmentos de matéria que se originaram no tempo da formação do Sistema Solar.
As chamadas chuvas de meteoros, também conhecidas por chuvas de estrelas, tem origem precisamente em matéria expelida dos cometas, pois quando a Terra cruza com a região do espaço onde está essa matéria, torna-se possível observar um considerável número de meteoros que parecem vir de um ponto específico do céu, chamado de radiante.
Exemplos de chuvas de meteoros: Perseidas, associadas ao cometa Swift-Tuttle, com pico de atividade entre os dias 11 e 13 de agosto de cada ano; Leônidas, associadas ao cometa Temple-Tuttle, com pico de atividade por volta dos dias 17 ou 18 de novembro de cada ano. Existem muitas outras chuvas de meteoros ao longo do ano.
Ocasionalmente, quando um meteoroide de maiores dimensões entra na atmosfera terrestre origina um brilho excepcionalmente brilhante, chamando-se a este fenômeno de bólido.
Já um meteorito é o nome que se dá a um meteoroide quando este cai na superfície da Terra. O maior meteorito encontrado é o meteorito Hoba West, com cerca de 66 toneladas, e situa-se na Namíbia. Este meteorito provavelmente caiu na Terra há menos de 80.000 anos.
Por vezes surge alguma confusão entre cometas e meteoros. Essa é uma dúvida que surge com alguma frequência. Temos que ter em mente que são coisas bem diferentes. Então, quais as diferenças entre cometas e meteoros? Como vimos atrás, um meteoro é um fenômeno luminoso causado por um pequeno pedaço de matéria quando entra na atmosfera terrestre; já um cometa é um corpo que orbita em volta do Sol, e que possui um núcleo que pode ir até alguns km de diâmetro, núcleo esse constituído por rocha, poeira e gelo. Um cometa possui ainda cabeleira e causa principalmente quando está próximo do Sol.

Sistema Solar – Origem e Formação.

Vamos entender a origem do sistema solar e como se organiza. Sua origem é ainda um dos mistérios mais intrigantes para o homem! Confira todos os detalhes.

Origem do Sistema Solar


Os cientistas reconhecem que a formação do sistema solar deve ter por volta de cinco bilhões de anos e surgiu de um redemoinho de nuvem de gás e poeira. Essa nuvem é conhecida como Nuvem Solar Primitiva, e foi a partir desse momento, que houve o início da formação do Sistema Solar.

Organização do Sistema Solar


O sistema solar é formado pela estrela central o Sol, os oito planetas, satélites, asteroides, cometas e meteoros. Esse conjunto todo é denominado de Sistema Solar.
Mencionamos oito planetas, pois o planeta plutão por ser muito pequeno e por ter estruturas bem diferentes dos demais planetas foi entendido pela União Astronômica Internacional como um planeta-anão ou planetoide. Essa alteração ocorreu a partir de 2006 quando houve a mudança nos critérios para a definição de um planeta.


Sistema Solar



Planetas


Entendemos por planeta um astro sem luz própria. Mas o que é astro? Entendemos como astro um corpo celeste que gravita pelo espaço. E o que seria gravitar? Gravitar é o mesmo que girar em torno. Os planetas giram em torno do sol e em torno de si mesmos.
Cada planeta do sistema solar possui uma distância em relação ao sol. Os planetas mais próximos do sol suportam um imenso calor como os planetas Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Esses planetas são pequenos globos rochosos e compactos formados por materiais semelhantes entre si. Já os planetas maiores como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são formados de gases e líquidos por estarem mais distantes do sol. Plutão é um planeta-anão e possui gases congelados em sua superfície.

Satélites


Os satélites são astros menores e opacos que ficam em órbita de alguns planetas. A lua é o satélite natural da Terra e podemos enxergá-la à noite devido ao reflexo da luz do sol.

Asteroides


Os asteroides são milhões de pequenos corpos rochosos e metálicos que se movem entre os planetas rochosos e os gasosos. Eles permanecem em órbita do sol.

Cometas


Os cometas possuem em sua composição partículas de rochas, gelo e gases que possuem órbitas muito alongadas. Os cometas estão entre os menores corpos do Sistema Solar. Os cometas são opacos e somente se iluminam quando estão próximos ao Sol, porém quanto mais próximo do sol, mais próximo do fim. Isso porque o gelo e outros materiais de sua composição começam a derreter deixando um rastro de poeira.
O mais famoso cometa foi o cometa Halley, que em abril de 1986 pôde ser visto a olho nu pelos brasileiros. Foi o primeiro cometa a ter a sua periodicidade conhecida. Ou seja, os pesquisadores e astrônomos durante muitos e muitos anos descobriram que esse cometa faz sua órbita em torno do sol a cada 76 anos aproximadamente. Sendo assim, poderemos vê-lo novamente somente em 2062.

Meteoros


Os meteoros são minúsculos corpos sólidos e possuem o tamanho de um grão de areia e muitas vezes são atraídos pelos planetas. Um exemplo de meteoro são as estrelas cadentes. Quando observar uma estrela cadente passando no céu não se esqueça de fazer um pedido!



Fonte: http://www.colegioweb.com.br/biologia/sistema-solar-origem-e-formacao.html#ixzz3renuh24L

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Objetos gigantes que estão bloqueando a luz de uma estrela intrigam astrônomos.


O que gira em torno da estrela KIC 8462852: megaestruturas alienígenas ou cometas? (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle (SSC))
Em um ponto no meio das constelações de Lira e do Cisne, que estampam a noite estrelada do hemisfério norte, brilha uma estrela envolta em mistério. Nossa visão não consegue enxergá-la, devido aos 1,5 mil anos-luz que nos separam dela. Só mesmo os poderosos olhos telescópicos do observatório espacial Kepler foram capazes de focalizar, em 2009, este sol distante.
Até bem pouco tempo, a chamada KIC 8462852, que neste texto será carinhosamente apelidada de K, era apenas mais uma entre as cerca de 150 mil estrelas monitoradas pelo telescópio em busca de minúsculas oscilações periódicas de luz que indicassem a presença de exoplanetas. Diante da avassaladora quantidade de dados a se analisar, os astrônomos resolveram pedir a ajuda de cientistas cidadãos através do projeto colaborativo Planet Hunters.
Uma em 150 mil Em 2011, diversos voluntários começaram a rotular K como sendo “curiosa” e até “bizarra”, pois notaram que ela apresentava um comportamento muito, mas muito esquisito. O padrão da oscilação de seu brilho era realmente único, diferente do que era verificado em todas as outras estrelas estudadas pelo telescópio Kepler. Na verdade, não havia bem um padrão ali - como os astrônomos descobriram mais tarde, as variações no brilho são completamente disformes e irregulares.
Algumas duravam dias. Um dos objetos bloqueou 15% da luz liberada, e outro impediu a passagem de impressionantes 22% dos fótons emitidos. Nenhum planeta faz isso. Quando gigantes gasosos da classe de Júpiter, os maiores que conhecemos, passam em frente à estrela-mãe, eles causam uma oscilação de cerca de 1% em sua luminosidade. Segundo o astrônomo Phil Plait, do site Slatepara provocar um efeito desses, o objeto deve ter a metade do tamanho de K, que inclusive é mais massiva, mais quente e mais brilhante que o Sol.
 (Foto: Reprodução)
Levando em conta todas as peculiaridades, fica difícil não pensar em aliens. “Nós nunca vimos nada parecido com essa estrela, foi muito estranho”, disse Tabetha Boyajian ao The Atlantic. A astrônoma da Universidade de Yale acaba de publicar um artigodescrevendo a descoberta, em co-autoria com vários dos cientistas cidadãos. “Nós pensamos que deviam ser dados ruins ou movimentação na espaçonave, mas tudo batia.”
Causas naturais? Se o sistema estelar de K fosse jovem, como o nosso um dia foi, ele abrigaria um imenso cinturão de objetos como asteroides e cometas, que ainda não teriam tido tempo de formar planetas. Eles poderiam explicar o padrão exótico, mas o problema é que essa estrela parece ser mais madura. Estrelas jovens são envoltas por uma espessa nuvem de poeira que emite uma grande quantidade de radiação infravermelha, o que não acontece neste caso. No artigo, Boyajian detalha algumas possíveis explicações naturais que poderiam solucionar o mistério.
Além do cinturão de asteroides, é cogitada a possibilidade de os objetos terem surgido de um impacto de escala planetária, como o que formou nossa lua, ou ainda um outro cenário, mais provável. A influência gravitacional de uma estrela próxima pode ter “empurrado” um número massivo de cometas para a região mais interna daquele sistema solar.
Por que não aliens? Mas a própria Tabetha Boyajian considera “outros cenários”. Em poucas palavras, ela acha possível que uma civilização alienígena avançada esteja construindo uma megaestrutura tecnológica em torno da estrela KIC 8462852, e isso estaria causando as esquisitas flutuações na luz detectada. Tal estrutura poderia ser algo como a hipotética Esfera de Dyson: proposta em 1960, a ideia concebe um arranjo de painéis solares que “enclausuram” uma estrela e coletam toda a energia que ela emite.
Estrutura pode ser um arranjo de painéis solares que “enclausuram” uma estrela e coletam a energia emitida
Boyajian não é a única a considerar este cenário. “Aliens devem sempre ser a última das hipóteses a se considerar, mas isso me pareceu algo que uma civilização alienígena iria construir”, disse o astrônomo Jason Wright, da Universidade Estadual da Pensilvânia. O pesquisador disse que, quando viu os dados, ficou fascinado por quão loucos eles eram. Phil Plait, do site Slate, fez questão de frisar que Wright não é só mais um desses caçadores de alienígenas que gostam de uma teoria da conspiração. “Ele é um astrônomo profissional com um histórico de pesquisa sólido”, escreveu.
Concepção artística de uma Esfera de Dyson (Foto: Reprodução)
Isso tudo é bem empolgante e nós podemos, sim, ficar animados - afinal, não é todo dia que cientistas de verdade incluem em suas hipóteses a alternativa “civilização alienígena”. Mas é claro que a abordagem deles continua sendo cética, mais no sentido de um “por que não aliens?”. É mais provável que algum fenômeno da natureza esteja causando as variações na luminosidade de K, mas a chance de serem ETs é concreta.
Tanto que Jason Wright e colegas vão publicar um artigo embasando esta hipótese - eles afirmam que o padrão de luz da estrela é consistente com um “enxame de megaestruturas” projetadas por aliens para coletar a luz estelar e sua energia. Wright e Boyajian estão agora em contato com Andrew Siemion, diretor do Instituto SETI, organização que vasculha as ondas de rádio do cosmos em busca de vida inteligente.
Eles vão escrever uma proposta com a ideia de tentar apontar um radiotelescópio gigante para K e ver se detectam ondas de rádio em frequências associadas à atividade tecnológica. Se tudo der certo, a primeira observação deve ocorrer em janeiro. Até lá, só nos resta levantar os olhos para o céu estrelado e mirar para onde o cisne encontra a lira. Por ora, até as frias evidências nos permitem imaginar que talvez, apenas talvez, alguém esteja olhando de volta, com seus olhos captando os fótons que se desprenderam de nosso sol por volta do ano 500 e viajaram um milênio e meio pelo espaço.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Escolhendo o telescópio.




Escolhendo um telescópio para astronomia

Tendo em vista a vasta variedade de telescópios disponíveis no mercado, como um entusiasta mas consumidor inexperiente pode escolher o modelo certo ? A resposta para essa questão explicará as diferenças entre tipos específicos de telescópios mas para entender de forma mais abrangente é importante primeiro entender alguns pontos básicos sobre telescópios para astronomia em geral.


Abertura é o fator mais importante
A especificação mais importante para qualquer telescópio astronômico é sua abertura. Esse termo refere ao diâmetro do elemento ótico principal seja o espelho primário ou lentes. A abertura de um telescópio esta relacionado diretamente com dois aspectos vitais da performance do equipamento: sua capacidade de absorver luz (determina o quanto luminoso os objetos serão visualizados) e sua potência máxima de resolução (o quão detalhado serão as imagens). Existem outros critérios a serem considerados durante a seleção de um telescópio, mas se você aprender apenas um aspecto que seja o a seguir: quanto maior a abertura de um telescópio (sua largura ou diâmetro) melhor pois mais luz entra no equipamento.


Não se iluda com poder de ampliação (600X, 1000X...)
Infelizmente, a primeira coisa que vem a mente quando um iniciante quer comprar um telescópio seria “qual o poder de ampliação ?”. Ao contrário como afirmamos acima deveria ser “qual o diâmetro do equipamento ?”. A verdade é que qualquer telescópio pode suprir praticamente qualquer poder de ampliação dependendo da ocular usada. O fator que limita o máximo de ampliação efetiva de qualquer telescópio como você pode ter imaginado é sua abertura. Aumentando a ampliação, a imagem no telescópio fica maior, a luz captada pelo telescópio é projetada sobre uma área maior e consequentemente a imagem fica mais escurecida. Existe um limite absoluto, determinado pelas características físicas da luz, que determina a melhor resolução de imagem para uma determinada abertura. Ao ultrapassar o limite de ampliação imagem começa a perder luminosidade e gradativamente se transforma numa bolha sem resolução.

Limite máximo de ampliação de qualquer telescópio é de 50 vezes sua abertura em polegadas ou 2 vezes sua abertura em milímetros. Isso corresponde a 100x ou 120x para pequenos telescópios o que é suficiente para visualizar os anéis de Saturno ou nuvens de Júpiter. A regra de 2x para cada milímetro é mais simples e pode variar para mais ou menos dependendo da qualidade ótica do conjunto e visão do observador. Observadores experientes normalmente usam menos poder de ampliação, em torno de 0.5x a 1x por milímetro é o suficiente para a maioria dos objetos. Qualquer fabricante que afirma que um telescópio de 60 mm pode visualizar bem à 450x (7.5x a abertura em milímetros) esta passando uma informação errada.

Quanto maior melhor, porém… 
Enquanto a abertura é o aspecto mais importante de um telescópio, existem algumas exceções a regra que “quanto maior melhor”.  A primeira é obvia: a facilidade de movimentar. Os maiores telescópios são realmente grandes e requerem uma casa ou observatório permanente ou bastante músculos, uma caminhonete e costas fortes motivadas! Existe um limite para o que seria necessário de performance e facilidade de movimentação. Esse limite existe dependendo dos seus recursos físicos e financeiros. Iniciantes devem começar com um modelo com abertura suficiente de forma de seja fácil manobra-lo. Evite cair na tentação da abertura grande. Aqueles que não conseguem estabelecer o limite compram o maior telescópio que o bolso pode suportar sem pensar em como usa-lo. Esses telescópios monstros normalmente acabam num canto da garagem acumulando poeira, exilado pelo crime de ser muito pesado e grande, enquanto os entusiastas de fim-de-semana ao invés de se transformarem em caçadores de estrelas acabam frustrados.


O céu É o limite 
A segunda limitação de um telescópio é menos óbvia mas fica clara após as primeiras sessões de astronomia: A atmosfera terrestre limita o quanto você pode visualizar. Estrelas e planetas visualizados através de um telescópio parecem distorcidas tendo em vista que a luz passa através da atmosfera. Esse efeito é conhecido por astrônomos como “seeing” e se torna mais aparente e incomodante na medida que a abertura aumenta. Afeta principalmente a observação da Lua e planetas onde a ampliação aplicada para revelar mais detalhes aumenta também a turbulência do ar.

A distorção devido ao “seeing” varia de acordo com as correntes de ar nas altas camadas da atmosfera e de forma menos direta pela altitude e topografia do local de observação. Numa noite normal e num local normal a turbulência limitará o limite de ampliação para algo em torno de 250x ou 300x e previne que telescópios maiores que 8” ou 10” atinjam o máximo de sua performance de ampliação. Telescópios maiores que 10” normalmente são usados por observadores que preferem visualizar galaxias, nébulas e star clusters com pouca luminosidade.


Montagem de telescópios
O ultimo tópico importante a ser coberto antes de entrar no assunto de ótica são os tipos de montagem. Telescópios são oferecidos como Altitude-Azimute (altaz) que movem para cima-baixo (altitude) e esquerda-direita (azimute) ou equatorial que se alinham com eixo de rotação da Terra.

Montagens azimutais são geralmente mais simples de usar e preferidas se o telescópio é usado para observação diurnal e noturna. As melhoras montagens azimutais oferecem controles de precisão de pequenos incrementos e são mais recomendados para ampliações de até 150x. A montagem Dobsoniana é uma variação da azimutal. Utiliza materiais não convencionais para telescópios como madeira e teflon numa montagem que se movimenta facilmente, extremamente estável e pode suportar grandes telescópios por um baixo custo. Apesar de não existir motores elétricos ou engrenagens de precisão pode ser usado com grande sucesso em telescópios grandes de até 200x de ampliação ou mais !
Montagens equatoriais são mais apropriadas para observação astronômica do que terrestre. Sua vantagem esta no fato de facilitar o rastreamento de objetos no céu. Esse movimento pode ser feito através de um controle manual de precisão ou por um motor elétrico. A facilidade de visualização para altas potências torna a montagem equatorial a preferida para quem deseja observar a Lua e planetas. Caso queira se especializar em fotografia astronômica a montagem equatorial é a mais recomendada.


Telescópios diferente para cada tipo de observador 
Agora que temos informação sobre os princípios básicos de um telescópio, sua performance e montagem. Podemos discutir três modelos óticos básicos: o refrator, o refletor e o composto ou catadióptrico.


O modelo refrator é o modelo que a maioria dos “caçadores de estrelas” pensam quando escutam a palavra telescópio. É um tubo longo  e fino montado num tripé com lentes de um lado e ocular do outro. Os refratores foram o primeiro tipo de telescópio inventado e os modelos de refratores mais modernos são os que obtém as melhores imagens para um determinada abertura. Normalmente são escolhidos por observadores que preferem a Lua e planetas por possibilitar as imagens mais nítidas e de alto contraste e alta ampliação sofrendo menor interferência por causa  de aspectos atmosféricos que outros tipos de telescópios. Também requerem menor manutenção que os refletores ou catadióptricos. Consequentemente são os preferidos dos astrônomos iniciantes.
Porém a qualidade e facilidade não vem com um preço baixo e os refratores são também os mais caros na relação preço x abertura. Grandes refratores podem custar dezenas de milhares de R$ e ainda assim são considerados pequenos para observação astronômica de longa distância. A grande distância focal dos refratores restringe o campo de visão tornando difícil visualizar grandes objetos como constelações e galáxias. E o fato de usar um tubo longo com ocular requer o uso de um tripé grande e alto que se não for de qualidade acaba por trazer instabilidade para o conjunto dificultando assim a observação.



O modelo refletor usa um espelho ao invés de lente para captar a luz e focaliza-la. O tipo mais comum de refletor seria o Newtoniano que usa um espelho primário côncavo no fundo do tubo do telescópio. Um espelho secundário do outro lado direciona a luz captada pelo tubo direto numa ocular. Os modelos Newtonianos oferecem as maiores aberturas possíveis e quando bem feitos podem atingir excelente qualidade de imagem.
Grandes refletores de abertura maior que 10” em montagens Dobsonianas são os mais populares entre astrônomos que buscam baldes de luz no espaço profundo. Esses modelos gigantes tem melhor performance durante noites bem escutas longe de grandes cidades. A versatilidade e valor de modelos newtonianos entre 4.5” a 8” com montagens equatoriais ou dobsonianas fazem uma excelente escolha para o iniciante com interesses gerais.
O modelo refletor newtoniano requer manutenção ocasional. Ao contrário do refrator, os espelhos de um refletor precisam de alinhamento periódico ou colimação para melhor nitidez das imagens. Enquanto muitos iniciantes encaram a colimação como um procedimento complicado na verdade é bem simples e não mais que alguns minutos. O tubo do refletor também fica aberto e exposto ao ar e umidade ao contrário do refrator. Se os espelhos não estiverem protegidos pela capa do tubo com o tempo podem acumular poeira e partículas necessitando de limpeza ocasional.
O mais moderno dos três tipos comuns de telescópio para amadores seria o catadioptrico. Usando uma combinação de lentes e espelhos para captar luz e focaliza-la. O maior vantagem desse modelo seria seu tamanho compacto pois as lentes e espelhos em conjunto permitem diminuir o tamanho do tubo e da abertura do telescópio sem perder muita qualidade. Usando uma montagem equatorial um tubo menor e mais leve e mais econômico equivale a um grande Newtoniano. Os modelos catadióptricos são mais usados por quem deseja um tamanho menor sem grandes perdas de qualidade de imagem e abertura.

Os nomes Schmidt-Cassegrain e Maksutov-Cassegrain se referem a modelos específicos de telescópios catadióptricos que usam lentes de perfil diferente para resultados similares. O Maksutov é normalmente relacionado com melhor qualidade de imagem apesar de não existir muito fundamento para suportar essa opinião. Provavelmente Maksutov desenvolveu sua reputação como catadióptrico superior devido o fato de superfícies esféricas serem mais fáceis de produzir com alta precisão que os formatos Schimidt. Sendo assim, um construtor de telescópio que consegue atingir um mínimo de qualidade pode produzir um Maksutov “médio” que tem a mesma ou melhor performance que um Schimidt. Em telescópios de alta qualidade de origem reconhecida ambos os modelos atingem excelente qualidade de imagem.
Existem alguns detalhes nos modelos catadióptricos. Como em qualquer telescópio que usa espelhos, ocasionalmente é necessário fazer uma colimação para melhor nitidez. O custo de um telescópio catadióptrico é mais alto que um Newtoniano da mesma abertura apesar de ser mais barato que um refractor da mesma abertura. De forma mais significante para observação planetária, o espelho secundário no catadióptrico é maior que o secundário de um Newtoniano. Sendo que o contraste também é menor devido o caminho a ser percorrido. De uma forma geral, astrônomos que desejam alta qualidade e facilidade de transporte normalmente optam pelos modelos catadióptricos.

Considerando o preço 
Orçamento é um fator de decisão de compra na maioria dos casos. Mas existem três armadilhas que devem ser observadas:

  1. Não compre um modelo baratinho de shopping ou supermercado com a intenção de ver como funciona e fazer um upgrade depoisMuitos desses modelos são de péssima qualidade e normalmente frustam o iniciante de forma que abandonam a atividade ou simplesmente jogam for a para comprar outro modelo de maior qualidade.
  2. Por outro lado não gaste uma fortuna ao iniciar na astronomia. Existem muitos modelos a preços acessíveis de excelente qualidade que podem mostrar os Anéis de Saturno, a Lua e muito mais. Comprar um modelo de qualidade mas para iniciante é a melhor forma de decidir como investir no futuro.
  3. Finalmente se você é um daqueles afortunados onde o preço não é um fator importante, pense duas vezes antes de comprar um modelo muito grande que normalmente são o sonho de consume de muitos astrônomos experientes. Normalmente esses modelos são difíceis de manusear e requerem uma instalação igualmente cara para tirar o melhor proveito.
E a astrofotografia ?

Antes de chegar a qualquer conclusão eis um conselho para iniciantes que desejam pular de cabeça na astrofotografia: “NÃO !”. Pelo menos até você ter aprendido o suficiente sobre como operar seu telescópio e onde ficam os objetos no céu. Fotografia do paraíso pode ser um atividade maravilhosa de perda de tempo, mas é uma combinação de arte e ciência com uma enorme curva de aprendizagem que desencoraja iniciantes que tentam fazer tudo ao mesmo tempo. Claro que astrofotografia é o interesse número 1 não tem nada de errado ao selecionar um telescópio baseado na facilidade de adaptação de uma câmera no futuro. Enquanto a maioria dos telescópios pode usada para fotografias amadoras o aspecto mais importante para um instrumento de fotografia astronômica são a montagem equatorial e a facilidade de conectar uma câmera que pode ser focada. Por uma séria de motivos técnicos e econômicos telescópios catadióptricos de 8” de abertura são os mais usados para fotografia astronômica. E também servem como excelente equipamentos para observação em geral.



Conclusão 

Qual então é o telescópio certo? 
Essa decisão deve ser tomada individualmente mas existem três conselhos abaixo:

  1. O melhor telescópio para você é aquele que você pode usar com maior regularidade. Um enorme e excelente telescópio com ótica impecável não tem nenhuma graça guardado na garagem ou armário.
  2. Levando em conta que todos são iguais, um telescópio com abertura maior tem resultados melhores que um com abertura menor
  3. Compre de uma empresa que entende sobre telescópios e astronomia e que pode dar suporte depois da compra. Imagine se o supermercado ou shopping center pode fazer isso?

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Eventos Celestes Visíveis em Setembro de 2015.

Fonte:https://tellescopio.com.br/eventos-celestes-visiveis-setembro-2015

O mês de setembro de 2015 está sendo um mês especial para a astronomia!
O cometa C/2013 US10 (Catalina) está superando todas as expectativas, apesar de não estar visível (ainda) a olho nú, o cometa está diminuindo rapidamente a sua magnitude.
O cometa já pode ser observado com binóculos, lunetas ou telescópios e o observador pode tirar uma astrofoto de lembrança!
Nunca mais veremos este cometa, pois o seu período orbital é muito longo. 

 
Cometa C/2013 US10 (Catalina) câmera QHY9
Cortesia: Leandro Fornaziero - Captura com câmera QHY9 Mono.


Caso seja confirmada as previsões, o cometa Catalina estará visível a olho nú no final da madrugada do final do ano de 2015!
O Brasil poderá ver em sua totalidade  o Eclipse Lunar Total na noite da virada do dia 27 para o dia 28 de setembro.
Uma semana antes do eclipse lunar, irá acontecer o evento internacional de observação da Lua, International Observe the Moon Night(InOMN). A comunidade astronômica brasileira está agendando os eventos para a população no InOMN e no Eclipse Lunar Total.

A Lua irá dar o espetáculo em todo o mês de setembro com várias conjunções antes do eclipse, o espetáculo da Lua começa após o feriado do de 7 de setembro.
No fim da madrugada do dia 10 de setembro, a Lua estará com luz cinérea, formando um lindo triângulo celeste com os planetas Vênus e Marte antes do amanhecer.
No dia 15 de setembro o espetáculo já é no entardecer, a Lua faz um triângulo celeste com Mercúrio e a estrela Spica (Alpha Virginis), 3 dias depois, a Lua estará muito próxima em distância angular do planeta Saturno , ambos os astros estarão na constelação de Libra.

No sábado, 19 de setembro de 2015, irá acontecer o evento internacional de observação da Lua, o International Observe the Moon Night (InOMN). Vários grupos de astronomia, clubes de astronomia e astrônomos amadores estarão sediando eventos para esta data.

Dia 23 de setembro é um dia especial, é o Dia do Equinócio de primavera para o hemisfério sul ou outono para o hemisfério norte. Um dia para observar o nascer e por do Sol, pois é somente neste dia que o Sol nasce exatamente a Leste e se põe exatamente a oeste.
Na noite do dia 27/28 de setembro acontece o evento astronômico de 2015, o Eclipse Lunar Total, o evento astronômico do ano com a “Super Lua do ano” e uma conjunção celeste de planetas no final da madrugada do eclipse.

Antes do eclipse, os planetas Saturno (visível a olho nu), Urano (não visível a olho nu) e o cometa C/2013 US10 (Catalina) poderão ser observados com binóculos, lunetas ou telescópios, depois é só apreciar a olho nu o Eclipse Lunar Total

 
Eclipse Lunar


TODOS OS HORÁRIOS SEGUEM A HORA DA BRASÍLIA!

1 de setembro - Terça-feira.
O brilhante planeta Vênus (Mag-3,9) surge a leste por volta das 5 da madrugada.
O planeta Marte (Mag +1,9) surge em seguida, 40 minutos depois, junto com os primeiros raios solares.
A noite a Lua está próxima de Urano  em distância angular na constelação de Peixes. Urano com magnitude +6 não pode ser observado a olho nu, mas pode ser facilmente identificável com lunetas binóculos ou telescópios devido a sua cor azul.

4 de setembro – Sexta-feira.
A Lua 61% iluminada nasce na primeira hora da madrugada na constelação de Touro, próximo da aglomerado das Plêiades (M 45) e da brilhante estrela Aldebaran (Alpha Taurii).
O planeta Mercúrio (Mag +0,4)  estará em máxima elongação (27º em relação ao Sol) na constelação de Virgem. É uma ótima oportunidade de ver  olho nu ao anoitecer o menor planeta do sistema solar que estará visível por volta das 18:30 até às 19:30.
Mercúrio estará ao lado da estrela binária Porrima (Gamma Virginis), com magnitude +3,4.
Devido a sua órbita em relação a Terra, Mercúrio rapidamente baixa no céu após alguns dias.
Aproveite para observar a rápida “dança do planeta” Mercúrio, duas semanas depois da maior elongação, será difícil de observar Mercúrio ao anoitecer.

 
Planeta Mercúrio Visível


5 de setembro – Sábado
Na primeira hora da madrugada, a Lua surge na constelação de Touro muito próxima da brilhante estrela vermelha Aldebaran (Alpha Tauri).
Aldebaran (Mag +0,8) é a estrela que simboliza o “olho do Touro”, a outra estrela do olho é a estela Ain (Epsilon Tauri) com magnitude +3,5.
A Lua entra em fase minguante às 6:54.

6 de setembro – Domingo.
Lua em declinação máxima norte, 18,1º.

7 de setembro - Segunda-feira.
A partir das 4 da madrugada, a Lua com luz cinérea surge entre as pernas dos gêmeos na constelação de Gêmeos, próximo da estrela Alhena (Gamma Geminorum) com magnitude +1,9.
Abaixo da estrela Alhena (Gamma Geminorum) estará as brilhantes estrela binária Castor (Mag+1,9) e Pollux  (Mag +1.5), estrelas alfa e beta da constelação que simbolizam as cabeças dos gêmeos.
Observe ao anoitecer o planeta Mercúrio (Mag +0,5) na constelação de Virgem e o planeta Saturno (Mag +0,7) na constelação de Libra, muito próximo da bela constelação de Escorpião.
Acima de Mercúrio estará a brilhante estrela Spica (Alpha Virgins) com magnitude 0,9. A brilhante estrela simboliza o estado do Pará na bandeira do Brasil e está acima da inscrição ORDEM E PROGRESSO.
O espetáculo de Mercúrio é visível até às 19:20. O menor planeta do sistema solar começa a se despedir do céu do anoitecer.

 


10 de setembro – Quinta-feira.
A Lua nasce a partir das 5 da madrugada, com luz cinérea e  iluminada somente 7%.
O nosso satélite natural estará em conjunção com o brilhante planeta Vênus (Mag -4.1)  e Marte (Mag +1,9), formando um lindo triângulo celeste antes do amanhecer.
O show celeste é rápido e é necessário ter o horizonte leste livre de obstáculos.

 
Lua iluminada 7%


13 de setembro – Domingo.
Lua Nova às 3:42.
Eclipse Parcial do Sol, não visível no Brasil !

 
Mapa do Eclispe Solar.
Evento não será visível no Brasil


14 de setembro – Segunda-feira.
Lua no apogeu (mais distante da Terra) distante 406.465 km.
A Lua estará iluminada somente 2% e poderá ser observada a oeste por um breve momento.

15 de setembro – Terça-feira.
Triângulo Celeste com a Lua, Mercúrio (Mag +0,8) e a estrela Spica (Alpha Virginis).
Acima da Lua estará a brilhante estrela Spica (Alpha Virgins) com magnitude 0,9. A brilhante estrela simboliza o estado do Pará na bandeira do Brasil e está acima da inscrição ORDEM E PROGRESSO.
A Lua estará com luz cinérea, iluminada somente 5,8%, abrilhantando o rápido espetáculo do anoitecer que será visível com o horizonte oeste livre até às 18:40.
São os últimos dias desta temporada para observar Mercúrio ao anoitecer.
Acima de Vênus, Lua e Spica estará o planeta Saturno (Mag +0,7) na constelação de Libra, mas muito próximo da bela constelação de Escorpião.

 
triângulo celeste entre lua, mercúrio e estrela


17 de setembro – Quinta-feira.
10 DIAS PARA O ECLIPSE LUNAR TOTAL (27/28 DE SETEMBRO).

18 de setembro – Sexta-feira.
Lua com luz cinérea, 25% iluminada, estará muito próxima em distância angular do planeta Saturno, com magnitude +0,7. Os astros estarão na constelação de Libra, mas muito próximo da constelação de Escorpião, uma das constelações mais fáceis de identificar no céu.
Esta é uma das regiões mais belas do céu, com a presença de vários aglomerados estrelares, alguns visíveis a olho nu.
A Lua e o planeta Saturno se põem por volta das 22 horas.

 
Lua iluminada 26%


19 de setembro – Sábado (International Observe the Moon Night-InOMN).
8 dias para o Eclipse Lunar Total.
Neste dia, toda a comunidade astronômica estará observando a Lua, Saturno e o cometa C/2015 US10 (Catalina) em “um preparativo” para a grande noite astronômica de 2015 que irá acontecer na semana seguinte.
A Lua estará iluminada 35% na constelação de Ofiúco, próximo da estrela binária Sabik, com magnitude +2,4.
A lua estará ao lado da bela constelação de Escorpião, uma das constelações mais fáceis de identificar no céu. Observe a Lua próxima da estrela vermelha Antares (Alpha Scorpii) na constelação do Escorpião.

 
Cometa C/2013 US10 - Calatina


20 de setembro – Domingo.
7 dias para o Eclipse Lunar Total.
A Lua estará próxima da estrela Sabik (Eta Ophiuchi) na constelação do Ofiúco.

21 de setembro – Segunda-feira.
6 dias do Eclipse Lunar Total.
Lua em fase crescente às 5:59, na linda constelação de Sagitário.
A região de Sagitário é uma das regiões mais belas do céu.

23 de setembro – Quarta-feira.
4 dias para o Eclipse Lunar Total.
Primavera para o Hemisfério Sul e Outono para o Hemisfério Norte às 5:18.

 
Primavera no Hemisfério Sul

O dia nasce com o Sol de Primavera !
Observe o nascer e o por do Sol, somente nos dias da primavera e outono, o Sol nasce exatamente no ponto cardeal leste e se põe exatamente o ponto cardeal oeste.
Neste dia o dia e a noite tem a duração igual.
Na última hora do dia, a Lua oculta a estrela binária Dabih (beta Capricorni) na constelação do Capricórnio. A estrela Dabih Major tem magnitude +3.1.
Lua na constelação de Capricórnio

Beta Capricorni é uma dupla fácil de observar, oferecendo um contraste de cores muito boas para o pequeno telescópio. Dabih está situada a 500 anos luz  de distância e sua luminosidade é de cerca de 1.500 vezes a do Sol. Beta B é uma estrela dupla de magnitude 6.1 que forma com ela um par ótico.

24 de setembro – Quinta-feira.
3 dias para o Eclipse Lunar Total

Planeta Marte (Mag +1,9) a somente 0,5º da estrela Regulus (Alpha Leonis), com magnitude +1,3.
Visível a partir das 5 da madrugada até antes dos primeiros raios de Sol.
Acima dos astros estará o brilhante planeta Vênus (Mag -4,2) e abaixo o brilhante planeta Júpiter (Mag -1,2).
O planeta Júpiter somente pode ser observado com o horizonte oeste livre de obstáculos.
Os planetas Vênus e Júpiter e a estrela Regulus (Alpha Leonis) deram o show celeste no início de 2015 ao entardecer e agora não o show no final da madrugada na “dança dos planetas”.

 
Planeta Marte Visível

Esta conjunção planetária estará visível no final da madrugada na noite do Eclipse Lunar Total.

27 de setembro – Domingo -  ECLIPSE LUNAR TOTAL E “A SUPER LUA DO ANO”.
 
Eclipse Lunar Visível em todo território nacional

A comunidade astronômica não irá esquecer desta “longa noite” tão cedo.
A Lua nasce no céu ao anoitecer muito grande (ilusão de ótica), devido a Super Lua.
Ao anoitecer poderá ser observado com luneta, binóculo, telescópio ou até fotografado o cometa C/2013 US10 (Catalina), o cometa estará na constelação do Centauro. O cometa por enquanto não pode ser observado a olho nu, mas no final de 2015, nas noites de Natal e Ano Novo o cometa Catalina dará o show nos finais das madrugadas, podendo ser observado a olho nu conforme as previsões iniciais. No dia 15 de novembro será o periélio do Cometa C/2013 US10 (Catalina).
O cometa Catalina está superando todas as previsões iniciais, no dia do eclipse o cometa estará com magnitude +6!  

 
cometa catalina magnitude 6

O planeta Saturno (Mag +0,7) estará visível a olho nu no céu até às 21:30 na constelação de Libra, abrilhantando o espetáculo do eclipse lunar total.
O Eclipse Lunar Total será visível em todo o território nacional, iniciando às 21:11 a Fase Penumbral, tendo o início do Eclipse Lunar às 22:07, com o meio da totalidade acontecendo às 23:47, depois começa a terminar o eclipse às 00:23, com o eclipse terminando com a Lua saindo da fase penumbral às 2:22 da madrugada de segunda-feira (28) no horário de Brasília.
Quem possuir um binóculo, luneta ou telescópio, poderá ver a Lua ocultando as estrelas HIP 1325 (Mag +6,9) e depois a estrela HIP 1421 (Mag +6.1), isto irá acontecer no ápice do Eclipse Lunar.

 
horário eclispe lunar


Às 22:45 a Lua estará no perigeu (Menor distância do centro da Terra com centro da Lua).
O nosso satélite estará a 356.876 km da Terra .

Às 23:50  a Lua entra na  fase Cheia na constelação de Peixes. É esperada fortes marés altas e baixas por causa da Super Lua do ano!

 

NÃO DEIXE O SEU CARRO NA PRAIA PARA VER O ECLIPSE OU PODERÁ SER SURPREENDIDO COM A ALTA DA MARÉ !

Em 2015, essa será a Lua mais próxima da Terra, ou “A Super Lua” do ano, a próxima Super Lua e a última das três consecutivas irá acontecer em outubro.
Somente em 2033 teremos uma Super Lua com estas características.

 
A peculiaridade deste Eclipse Lunar Total se deve ao fato dele fazer parte de uma tétrade: são quatro eclipses lunares totais seguidos. O primeiro ocorreu em 15 abril de 2014, o segundo em 8 de outubro de 2014, o terceiro em 4 de abril de 2015 e este será o quarto e último eclipse lunar consecutivo. A última tétrade aconteceu entre 2003 e 2004 e a próxima está previsto para 2032 e 2033.
No final da madrugada acontece a conjunção de Vênus, da estrela Regulus (Alpha Leonis), Marte e Júpiter. Neste momento a Lua Cheia estará se pondo a oeste.

 
Lua se pondo a oeste

O brilhante planeta Vênus estará com magnitude -4,2. Marte estará com magnitude +1,9 e Júpiter estará com magnitude -1,2.
A estela Regulus tem a magnitude +1,3.

28 de setembro – Segunda-feira.
No final madrugada, observe a conjunção de Vênus, Regulus, Marte e Júpiter.
Urano (Mag 6,0) estará muito próximo da Lua em distância angular. Os astros estarão distantes somente 0,4º e o espetáculo começa ao anoitecer.
Apesar de Urano não ser visível a olho  nu, o penúltimo planeta do sistema solar pode ser observado com binóculos, lunetas e telescópios. O brilho lunar irá interferir na observação.

 
lua

30 de setembro – Quarta-feira.
Mercúrio em Conjunção Inferior.
O menor planeta do sistema solar passa para o céu da madrugada, sendo visível em meados de outubro.
 Publicado por Israel Mussi

NEW HORIZONS: O fim de uma era na exploração espacial… e o começo de outra.

Fonte: http://observador.pt/2015/07/14/o-fim-de-uma-era-na-exploracao-espacial-e-o-comeco-de-outra/

A passagem da sonda New Horizons por Plutão marca o culminar da exploração espacial do sistema solar. A humanidade conseguiu explorar o quintal das traseiras, falta sair para a rua.

É uma viagem que já vai com cinco mil milhões de quilômetros. A sonda New Horizons não vai parar no último planeta do sistema solar, mas vai dar o tom para uma celebração. Com esta passagem por Plutão, descoberto ainda nem há 85 anos, ficam devidamente mapeados os planetas diretamente vizinhos da terra. Fica feito o mapeamento das suas fascinantes características geológicas e ficam também as fotos de alta resolução para a posteridade. Esta sonda vai dar a conhecer a composição da superfície, da atmosfera e pormenores sobre a origem desta massa planetária. E é irrelevante que se considere Plutão um planeta-anão ou um planeta de direito próprio, como foi ensinado na escola durante anos. O que importa é que a primeira era da exploração espacial dos planetas do sistema solar, começada há mais de cinquenta anos, está feita.
Tudo começou quando a Mariner 2 passou por Vênus em 1962, aproximando o nosso olhar da superfície do vizinho mais próximo. Vai culminar agora com a exploração de Plutão e das suas cinco luas, um feito científico que está a ser tratado com pompa e que poderá ser acompanhado no direto possível – as imagens demoram mais de quatro horas a chegar à terra. Mas a NASA não se poupou a esforços e, pelo site e pelas redes sociais da organização vai ser possível acompanhar os pormenores da ação científica. Ao mesmo tempo, para promover a missão e antecipar algumas imagens, a agência espacial norte-americana criou este vídeo que vale definitivamente a pena ver:

E não é por acaso que na véspera da passagem da sonda por Plutão tenham sido anunciados planos para a criação de uma aldeia na Lua e também novas descobertas sobre a superfície de Marte. Isto ocorre porque, apesar da efeméride que se celebra, a exploração espacial ainda agora começou. Todo o conhecimento está aí, à disposição das capacidades do ser humano.