Total de visualizações de página

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Relógios de Sol

O Sol tem um comportamento extremamente regular em sua aparente trajetória diária no céu. Usaremos esta regularidade do parente movimento do Sol para construirmos um relógio solar.
Vamos orienta-lo para que construa este relógio, cujas horas serão lidas pela sombra de um ponteiro fixo sobre uma base na qual estão marcadas as horas.







FASE 1 - CONSTRUINDO O RELÓGIO SOLAR

Imprima as folhas dos mostradores das horas e o quadrante de transferidor aqui.
Este experimento está todo detalhado nas Atividades Práticas de Astronomia da XV OBA, páginas 21, 22, 23 e 24.

  • 1 de 4 Recorte as figuras dos mostradores da face Sul e Norte, e cole no papelão.

FASE 2 -

Vamos agora dobrar o papelão na linha tracejada da Face Norte, se você mora no hemisfério Sul.

  • 1 de 1 Passe levemente o estilete na linha tracejada da Face Norte ou na Face Sul, mas cuidado, não é para cortar, e sim para facilitar na hora de cobrar o papelão.

FASE 3 -

A dobra do papelão deve estar relacionada à latitude da cidade que você mora. Para isso, a folha do transferidor e abra um clipe grande, de modo que o ângulo de sua abertura seja igual a 90° menos a latitude de sua cidade.
Por exemplo: a cidade do Rio de Janeiro tem latitude de, aproximadamente, 23°, então vamos abrir o ciple de 90° - 23° = 67°.
Para saber a Latitude da sua cidade, acesse: www.apolo11.com/latlon.php ou http://www.aondefica.com/lat_3_.asp.

  • 1 de 1 A abertura do clipe está 67°.

FASE 4 -

 Agora devemos fixar o clipe na base do Relógio Solar para que ele tenha a inclinação necessária para funcionar corretamente.
Para isso, vamos utilizar a fita adesiva.
  • 1 de 2 Fixe o clipe, com o auxílio de uma fita adesiva, no mostrador de Face Norte, se você mora no hemisfério Sul.

FASE 5 -

O Relógio Solar está quase pronto! Precisamos colocar a haste que projetará a sua  sombra, funcionando como ponteiro do relógio. Para isso, atravesse perpendicularmente o centro do mostrador com um palito de dente ( ou algo similar e até maior).  Este palito projetará a sua sombra sobre o "mostrador das horas" onde você poderá ler as horas.
  • 1 de 1 Repare nesta foto que o palito de dente está perpendicular com a base do Relógio.

FASE 6 -

 Relógio Solar está pronto! 
Precisamos aprender como utiliza-lo.
Claro que o relógio solar só funciona sob o Sol e numa certa direção privilegiada. Qual direção? A NORTE-SUL, pois o relógio precisa ficar com o seu ponteiro (o palito de dente) ao longo da linha NORTE-SUL. Para aprender a  determinar os pontos cardeais,clique aqui.






rr

terça-feira, 30 de maio de 2017

'A vida nos planetas de anãs vermelhas pode ser mais evoluída do que a nossa', diz astrofísico.

Por Galeria do Meteorito.





Apesar de não haver qualquer evidência de vida fora da Terra, astrônomos acreditam que caso ela exista, poderia ser mais avançada em planetas ao redor de anãs vermelhas. Você sabe por quê?

"Pensávamos que teríamos de procurar em locais infinitamente distantes para encontrar um planeta como a Terra. Agora, percebemos que uma 'outra Terra' pode estar provavelmente em nosso próprio quintal, esperando para ser descoberta", disse Courtney Dressing, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (CfA).

Como as estrelas anãs vermelhas vivem muito mais tempo do que as estrelas do tipo do Sol, temos uma possibilidade interessante. Se essas estrelas vivem muito mais tempo, então seus planetas também acompanham esse ritmo, e logo, a vida nesses planetas (caso existam) teria mais tempo para evoluir, e quem sabe, ser até mais desenvolvida do que a nossa aqui na Terra.

Astrônomos do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian descobriram que 6% das estrelas anãs vermelhas têm planetas do tamanho da Terra. As anãs vermelhas são as estrelas mais comuns na nossa Galáxia; cerca de 75% das estrelas mais próximas são anãs vermelhas. Um planeta idêntico a Terra poderia estar a apenas 13 anos-luz de distância, segundo cálculos de Dressing.

As estrelas anãs vermelhas são menores, mais frias, e mais fracas do que o nosso Sol. Uma anã vermelha média tem apenas 1/3 do tamanho do sol, e seu brilho é de apenas um milésimo se comparado com a nossa estrela mãe. A equipe de astrônomos revirou catálogos Kepler de cerca de 158.000 possíveis estrelas para verificar quais poderiam ser anãs vermelhas, e também para verificar seus tamanhos e temperaturas mais precisamente. Eles descobriram que quase todas essas estrelas eram menores e mais frias do que se pensava anteriormente.

A tarefa de localizar planetas semelhantes ao nosso e que estejam relativamente próximos pode exigir um pequeno telescópio espacial dedicado, ou uma grande rede de telescópios terrestres. Estudos de acompanhamento com instrumentos como o Telescópio Giant Magellan ou o Telescópio Espacial James Webb poderiam nos fornecer informações ainda mais precisas sobre as anãs vermelhas mais próximas, e principalmente, sobre seus planetas.

O estudo intitulado "A taxa de ocorrência de pequenos planetas em torno de estrelas pequenas" foi liderado por Courtney D. Dressing e David Charbonneau, e divulgado no jornal The Astrophysical Journal.

Fonte: Dailygalaxy / Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics
Imagem: US Alaska / Deviantart.com
04/09/14

Fonte: http://www.galeriadometeorito.com/2014/09/a-vida-nos-planetas-de-anas-vermelhas-mais-evoluida.html


quinta-feira, 4 de maio de 2017

Faça uma viagem inter-galática em uma velocidade impossível.

Você conhece o projeto Galaxy and Mass Assembly survey?

O projeto GAMA (Galaxy and Mass Assembly Survey), foi desenvolvido para explorar as últimas gerações de observatórios, e com isso, tentar entender melhor como ocorre a evolução e a formação das galáxias. Basicamente, o projeto conta com diversos observatórios como o VLT Survey Telescope, o VISTA, o Observatório Espacial Herschel, dentre outros, a fim de reunir o máximo de dados observacionais possíveis.

Todo esse estudo, além de abrir as portas para o conhecimento cosmológico, também nos proporciona visões fantásticas, que jamais seriam possíveis há alguns anos atrás.

E pra mostrar um pouco desse trabalho, o projeto GAMA liberou um catálogo em formato de vídeo. Trata-se de um mapa detalhado do Universo em 3D. E como diz o velho ditado, se "uma imagem vale mais do que mil palavras", um vídeo então deve valer milhares delas... Confiram!





Essa simulação de voo inter-galático nos mostra as posições reais e as imagens das galáxias que foram mapeadas até o momento. As distâncias estão em escala, porém, as imagens das galáxias foram ampliadas, o que permite uma experiência melhor e mais confortável.

Outro fator importante que pode até passar despercebido em um primeiro momento, é a velocidade desse voo. Levando em consideração a velocidade da luz (que é a maior até onde se sabe), levariam bilhões de anos para percorrer essa trajetória feita no vídeo. Para que o mapa fosse facilmente compreendido, criou-se a visão em 3D, e uma velocidade fisicamente impossível.

O objetivo principal do projeto GAMA é entender alguns paradigmas do Universo, da formação de galáxias e de suas estruturas. E claro, além de desvendar alguns segredos do Cosmos, o projeto GAMA ainda nos presenteia com imagens fantásticas, que têm o poder de mudar completamente a forma como enxergamos todo o Universo.

Fonte: http://www.galeriadometeorito.com/2016/06/venha-fazer-uma-viagem-inter-galatica.html

Chuva de meteoros Eta Aquaridas 2017

eta aquaridas 2017


A primeira chuva de meteoros do ano resultante do cometa Halley já está acontecendo!


Todos os anos, entre os dias 21 de abril e 12 de maio, acontece a chuva de meteoros Eta Aquaridas (ou Eta Aquarídeas), quando a Terra passa pela esteira de detritos deixada pelo famoso Cometa Halley (1P/Halley). Mas é nos dias 05 e 06 de maio que acontece o pico da chuva Eta Aquaridas, momento em que a maior quantidade de meteoros poderá ser observada.



A chuva de meteoros Eta Aquaridas é a primeira chuva de meteoros do ano resultante do cometa Halley, sendo que a segunda chuva desse cometa acontece em outubro - a famosa Orionidas.


Como observar a chuva de meteoros Eta Aquáridas 2017 a olho nu?


Como podemos perceber em seu nome, a chuva Eta Aquaridas tem seu radiante na constelação de Aquário, mais precisamente próximo da estrela Eta Aquarii, que é a sétima estrela mais brilhante da constelação. Essa estrela está localizada a 168 anos-luz da Terra, mas vale lembrar que ela não tem nenhuma relação física com a chuva de meteoros. Ela é utilizada apenas como guia de localização para essa chuva.


E não se preocupe, pois não é necessário encontrar a estrela Eta Aquarii para observar essa chuva de meteoros. Na verdade, basta olhar na direção da constelação de Aquário, como mostra a imagem abaixo:


radiante - chuva de meteoros Eta Aquaridas
Radiante da chuva de meteoros Eta Aquaridas.
Créditos: STELLARIUM         /         Edição: Galeria do Meteorito

Embora a constelação de Aquário seja visível em praticamente todo o planeta, a chuva de meteoros Eta Aquaridas é melhor observada no hemisfério sul, já que a constelação de Aquário encontra-se ao sul da linha do equador celeste.



Apesar do pico (maior tacha de meteoros) ser esperado para a madrugada entre os dias 05 e 06 de maio, durante todo o fim de semana poderemos ver incontáveis "estrelas cadentes" riscando o firmamento. A chuva Eta Aquaridas é famosa por gerar meteoros do tipo bola de fogo (bólidos), que nada mais são do que meteoros muito brilhantes, originados de fragmentos maiores.


Quantos meteoros podemos esperar para essa chuva?

O pico da chuva de meteoros Eta Aquaridas pode gerar cerca de 50 meteoros por hora (como mostra nosso calendário das principais chuvas de meteoros). Durante seu pico, a Lua estará na fase crescente, e não deve atrapalhar nossa observação uma vez que não estará presente no céu após as 03h00 da madrugada.


Qual é o melhor horário para ver a chuva de meteoros Eta Aquaridas?

O melhor momento para observar essa chuva é na madrugada entre os dia 05 e 06 de maio. A constelação de Aquário estará completamente visível a partir das 03h00 da madrugada, a leste, quando os meteoros dessa chuva já poderão ser facilmente avistados.


Eta Aquarids 2013 - Jeff Berkes
Chuva de meteoros Eta Aquaridas, registrada em 2013, na Flórida, EUA.
Créditos: Jeff Berkes / divulgação

E não se esqueça: não é necessário encontrar a constelação de Aquário para observar essa chuva. Os meteoros riscarão o céu em várias partes do firmamento, em várias constelações diferentes. A constelação de Aquário é apenas o ponto em que os meteoros parecem se originar, mas não necessariamente a região em que eles surgirão.



Reserve pelo menos uma hora para observar a chuva de meteoros, já que nossos olhos levam pelo menos 20 minutos para acostumar ao escuro. Se você tem dificuldades para ver os meteoros durante as chuvas, você pode estar cometendo algum erro, então não deixe de conferir as 10 dicas imperdíveis para observar uma chuva de meteoros.


Cometa Halley: o responsável pela chuva de meteoros Eta Aquaridas


Durante sua passagem pelo Sistema Solar interior, o cometa Halley deixou uma esteira de fragmentos para trás. A poeira desse rastro entra na atmosfera da Terra a cerca de 240.000 km por hora, gerando os belíssimos meteoros (popularmente conhecidos como "estrelas cadentes". Os fragmentos geralmente têm tamanho menor do que uma semente de maçã, e criam uma esteira de gás ionizado que brilha por alguns instantes.


Chuva de meteoros Eta Aquaridas - foto
Meteoro da chuva Eta Aquaridas de 2013, sobre o Mount Bromo, vulcão ativo na Indonesia.
Créditos: Justin Ng

Mais tarde, no mês de outubro, o nosso planeta passa novamente pelo rastro de poeira deixado pelo Cometa Halley, momento em que ocorre a famosa chuva de meteoros Orionidas.


Portanto não deixe de aproveitar a oportunidade de observar a chuva Eta Aquaridas nesse fim semana, pois além de ser uma das melhores do ano, as condições são favoráveis para nos proporcionar noites inesquecíveis!

Fonte: http://www.galeriadometeorito.com/2017/05/tudo-sobre-chuva-de-meteoros-eta-aquaridas-2017.html

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Chuva de meteoros Líridas 2017.


Liridas 2017


É na segunda quinzena de abril que acontece a chuva de meteoros Líridas! Não perca!



Todos os anos, entre os dias 16 e 25 de abril, acontece a chuva de meteoros Líridas, mas é nos dias 21 e 22 de abril que ocorre seu pico, ou seja, o momento em que a maior quantidade de meteoros poderá ser observada riscando o céu!

A chuva de meteoros Líridas (ou Lirideas) acontece quando a Terra passa pelos rastros de detritos deixados pelo cometa Thatcher C/1861 G1. Sempre, nessa mesma época do ano, o nosso planeta passa justamente na esteira de poeiras desse antigo cometa, atraindo os pequenos fragmentos que penetram em nossa atmosfera, criando as magníficas "estrelas cadentes", como são popularmente conhecidos os meteoros.


Como observar a chuva de meteoros Líridas 2017?

Seja pra observar essa ou qualquer outra chuva de meteoros, a regra é a mesma: buscar um lugar com o mínimo de poluição luminosa possível, longe de luzes que podem atrapalhar a nossa observação.

O radiante (região do céu onde os meteoros parecem se originar) da chuva Líridas encontra-se ao lado da constelação de Lira, o que justifica o nome da chuva. Pouco antes do amanhecer, por volta das 04h00 da madrugada, olhe para a direção norte do céu, e encontre a estrela Vega (como mostra a imagem abaixo):


Radiante da chuva de meteoros Líridas
Radiante da chuva de meteoros Líridas. Neste momento, por volta das 04h00 da madrugada,
a Lua já terá nascido e estará à direita, o que pode ofuscar o brilho dos meteoros mais fracos.
Créditos: STELLARIUM         /         Edição: Galeria do Meteorito

Quanto mais ao norte do Brasil você estiver, melhor será sua observação da chuva Líridas. Em São Paulo, ou no Rio de Janeiro, por exemplo, seu radiante se encontra muito próximo do horizonte, o que dificulta um pouco sua observação.


Nenhum equipamento é necessário, já que os meteoros riscam uma grande extensão do céu em questão de instantes. Telescópios ou binóculos irão apenas atrapalhar a observação dos meteoros.


O pico da chuva de meteoros Líridas costuma gerar cerca de 15 meteoros por hora, sendo que esse número pode chegar a 100 meteoros por hora em alguns anos, porém, se você estiver observando essa (ou qualquer outra chuva de meteoros) em uma cidade grande, com bastante poluição luminosa, as condições de observação serão muito ruins, e apenas meteoros muito brilhantes (como os bólidos/bolas de fogo) é que poderão ser vistos.
Chuva de meteoros Liridas registrada pela NASA
Chuva de meteoros Líridas registrada pela NASA.
Créditos: NASA / MSFC / D. Moser

Curiosidade sobre a chuva de meteoros Líridas: na verdade, ela deveria se chamar "Herculidas", e não "Líridas", pois seu radiante fica na constelação de Hércules. Essa chuva foi nomeada e identificada no século 19, quando a UAI (União Astronômica Internacional) ainda não havia adotado "oficialmente" a configuração das constelações, que ocorreu somente em 1922.


Transmissão ao vivo - Líridas 2017

Se o tempo permitir, teremos uma transmissão ao vivo da chuva de meteoros Líridas 2017, com imagens em tempo real feitas a partir de pontos estratégicos, onde o céu é limpo, escuro, e ideal para a observação de chuvas de meteoros. Câmeras de alta resolução irão registrar o melhor das Líridas 2017, uma cortesia do nosso parceiro Observatório Slooh. Fiquem ligados!


Um pouco mais sobre a chuva de meteoros Líridas

Uma das razões que faz a chuva de meteoros Líridas ser uma das mais famosas é o fato dela nos surpreender de tempos em tempos, criando grandes "outbursts" - um grande aumento abrupto na quantidade de meteoros. Sempre existe a possibilidade de sua taxa nos surpreender, e a cada 60 anos aproximadamente, ela dá um verdadeiro show, como relatado na Grécia em 1922, no Japão em 1945 e nas Américas em 1982. Em 1803, a chuva Líridas produziu cerca de 700 meteoros por hora, o que também aconteceu em 687 a.C.
Confúcio -  pintor Wu Daozi entre  685-758
Pintura de Confúcio, feita por
Wu Daozi entre 685 e 758.
Créditos: Wikimedia Commons / Wu Daozi
A chuva de meteoro Líridas é uma das mais antigas chuva de meteoros relatadas em documentos antigos, sendo que alguns datam cerca de 2.700 anos atrás.

A China antiga já observava a chuva Líridas em 687 a.C., e a descrevia como algo que "caia como chuva". A data desses documentos antigos coincidem com o Período das Primaveras e Outonos, entre 771 e 476 a.C, que é associado ao renomado pensador chinês Confúcio, conhecido popularmente pelo seu ditado: "Não faças aos outros o que não queres que façam a ti". Será que o grande professor e filósofo Confúcio observou a histórica chuva de meteoros Líridas? Considerano os céus limpos daquela época, provavelmente sim...


O desconhecido cometa Thatcher...
Como foi dito anteriormente, o cometa Thatcher (C/1861 G1) é o responsável pela chuva Líridas, que ocorre sempre nessa mesma época do ano, quando a Terra passa pelos rastros deixados durante sua passagem pelas redondezas. Mas por conta de sua órbita de 415 anos (período que ele leva para completar uma volta ao redor do Sol), não temos nenhuma fotografia desse incrível cometa.



A última vez que ele passou pelo Sistema Solar interior, em 1861, o processo e os equipamentos fotográficos ainda não haviam sido espalhados pelo mundo, e a tecnologia da época era bastante precária se comparada com a atual. Mas não se preocupe, pois na próxima vez que o cometa Thatcher passar por aqui, nós iremos fotografá-lo incansavelmente. A parte chata da história é que a nossa geração não estará mais aqui na Terra, afinal, o cometa Thatcher só passará por aqui novamente em 2276...

Imagens: (capa-divulgação) / STELLARIUM / Galeria do Meteorito / NASA / MSFC / D. Moser / Wikimedia Commons / Wu Daozi / divulgação
20/04/17

Fonte: http://www.galeriadometeorito.com/2017/04/chuva-de-meteoros-liridas-2017.html









sexta-feira, 14 de abril de 2017

Um fraco e distante objeto é encontrado na periferia do Cinturão de Kuiper.

ALMA encontrou algumas informações interessantes ao investigar o membro muito distante do nosso sistema solar.



Astrônomos revelaram mais informações sobre o objeto muito distante do sistema solar chamado 2014 UZ224, ou DeeDee.

DeeDee é um objeto trans-neptuniano (TNO) que foi primeiramente descoberto por uma equipe de astrônomos liderados por David Gerdes, cientista da Universidade de Michigan e principal autor do artigo no Astrophysical Journal Letters. Gerdes estava usando o telescópio Blanco de 4 metros no Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile para o Dark Energy Survey, que deu os astrônomos um número extraordinário de imagens. Enquanto a maioria dessas fotos acabou por ser galáxias distantes, algumas mostraram sinais de TNOs, e uma pequena quantidade de imagens TNO, 12 fotos eram de DeeDee, que é a abreviatura em inglês para Distant Dwarf.

DeeDee é o segundo objeto TNO mais distante conhecido na periferia de Kuiper com uma órbita, mas por outro lado não se sabe muito sobre ele até recentemente.

Astrônomos recolheram alguns detalhes surpreendentes sobre DeeDee usando o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e só recentemente divulgaram as informações, incluindo seu tamanho - de aproximadamente 635 quilômetros (394 milhas) - e sua massa que deve ser esférica, o que o coloca na corrida para se tornar um Astrônomos revelaram mais informações sobre o objeto muito distante do sistema solar chamado 2014 UZ224, ou DeeDee.

DeeDee é um objeto trans-neptuniano (TNO) que foi primeiramente descoberto por uma equipe de astrônomos liderados por David Gerdes, cientista da Universidade de Michigan e principal autor do artigo no Astrophysical Journal Letters. Gerdes estava usando o telescópio Blanco de 4 metros no Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile para o Dark Energy Survey, que deu os astrônomos um número extraordinário de imagens. Enquanto a maioria dessas fotos acabou por ser galáxias distantes, algumas mostraram sinais de TNOs, e uma pequena quantidade de imagens TNO, 12 fotos eram de DeeDee, que é a abreviatura em inglês para Distant Dwarf.

DeeDee é o segundo objeto TNO mais distante conhecido na periferia de Kuiper com uma órbita, mas por outro lado não se sabe muito sobre ele até recentemente.

Astrônomos recolheram alguns detalhes surpreendentes sobre DeeDee usando o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e só recentemente divulgaram as informações, incluindo seu tamanho - de aproximadamente 635 quilômetros (394 milhas) - e sua massa que deve ser esférica, o que o coloca na corrida para se tornar um planeta anão.
- See more at: http://www.misteriosdouniverso.net/2017/04/um-fraco-e-distante-objeto-e-encontrado.html?m=1#sthash.z7I0Knv2.dpufplaneta anão.
- See more at: http://www.misteriosdouniverso.net/2017/04/um-fraco-e-distante-objeto-e-encontrado.html?m=1#sthash.z7I0Knv2.dpuf

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Comparação: Planetas e Estrelas.


Asteroide do tamanho de um carro acaba de passar raspando na Terra!

asteroide 2017 GM passa proximo da Terra

Descoberto no mesmo dia de sua máxima aproximação, o asteroide 2017 GM chegou mais próximo do que os nossos satélites!





A rocha espacial de 3,6 metros, chamada 2017 GM, passou bem perto do nosso planeta nessa terça-feira, a uma velocidade de 18,5 quilômetros por segundo em relação à Terra. Cientistas do Mount Lemmon Survey, no Arizona, avistaram o asteroide pela primeira vez no mesmo dia de sua máxima aproximação, pesquisadores do Virtual telescope Project e dos Observatórios de Tengara conseguiram registrar uma foto alguns instantes antes de sua máxima aproximação:



Asteroide 2017 GM
Gianluca Masi (Virtual Telescope Project) e Michael Schwartz (Observatórios Tengara) registraram
essa imagem do asteroide 2017 GM em sua máxima aproximação com a Terra no dia 04 de abril de 2017,
utilizando um telescópio no Arizona, EUA. O telescópio acompanhou a trajetóia do asteroide, portanto
ele aparece como um objeto estático, enquanto as estrelas aparecem como rastros de luz.
Créditos: Gianluca Masi / The Virtual Telescope Project / Michael Schwartz / Tengara Observatories

Com base em sua órbita, o pequeno asteroide provavelmente já tinha passado próximo da Terra antes, em março de 1961, de acordo com o Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA. No entanto, essa antiga aproximação foi muito diferente da atual, pois tudo indica que em 1961 ele passou a uma distância 93 vezes maior do que a distância entre a Terra e a Lua. Em seguida, ele se afastou da cercanias do nosso planeta, mas acabou sofrendo interações gravitacionais de Marte e de Vênus, em 2013 e 2014, respectivamente, antes de fazer seu caminho de volta pra Terra.


animação mostra a posição do asteroide 2017 GM durante sua máxima aproximação com a Terra
Animação mostra a órbita e a posição do asteroide 2017 GM durante sua máxima aproximação com a Terra.
Créditos: JPL / SBDB         Edição: Galeria do Meteorito

O asteroide 2017 GM é o 15° objeto a fazer máxima aproximação com a Terra neste mês, sendo ainda o que chegou mais próximo dentre todos da lista, de acordo com dados obtidos pela NASA.


Em março, um objeto de 3 m chegou 1.600 km mais próximo do que o asteroide 2017 GM. Em ambos os casos, eles passaram muito mais próximos da Terra do que nossos próprios satélites geoestacionários.

Fonte: http://www.galeriadometeorito.com/2017/04/asteroide-do-tamanho-de-um-carro.html

Novo modelo para formação de cinturão de asteroides é descrito.

05 de abril de 2017.Novo modelo para formação de cinturão de asteroides é descritoPesquisadores da Unesp publicam artigo no The Astrophysical Journal sugerindo que asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter são evidência de fase caótica na infância do Sistema Solar (foto: Nasa).

Peter Moon  |  Agência FAPESP – Em 1801, quando procurava um planeta que acreditava existir entre as órbitas de Marte e Júpiter, o padre e astrônomo italiano Giuseppe Piazzi (1746 – 1826) acabou descobrindo Ceres, um planeta-anão de quase mil quilômetros de diâmetro.
Ceres é o maior objeto do chamado cinturão de asteroides, mas está longe de ser o único. Estima-se que o cinturão seja formado por mais de 1 milhão deles. Há mais de 200 anos os astrônomos quebram a cabeça para descobrir como foi que o cinturão de asteroides se formou e por que não existe nenhum planeta entre Marte e Júpiter.
Apesar da enorme quantidade de dados reunida em dois séculos de pesquisas sobre o cinturão – inclusive graças a diversas sondas espaciais que foram enviadas até lá –, ainda não se chegou a um consenso sobre como ele teria se formado.
Novas hipóteses continuam sendo formuladas, como é o modelo denominado de “Caótico”, recentemente descrito no The Astrophysical Journal. Seus autores são os astrônomos brasileiros André Izidoro e Othon Winter, do Grupo de Dinâmica Orbital e Planetologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Guaratinguetá, em colaboração com colegas da França e dos Estados Unidos. O trabalho contou com o apoio da FAPESP nas modalidades Projeto Temático e Apoio a Jovens Pesquisadores.
Os planetas do Sistema Solar são divididos em duas categorias, os rochosos ou terrestres (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), que ficam no Sistema Solar interno, e os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) do Sistema Solar externo.
Entre os dois grupos está o cinturão principal de asteroides. Suas centenas de milhares de objetos se distribuem por uma ampla faixa orbital que vai de aproximadamente 1,8 a 3,2 unidades astronômicas do Sol (uma unidade astronômica equivale à distância média do Sol à Terra).
“Os gigantes gasosos, como Júpiter e Saturno, foram os primeiros a se formar, quando o Sistema Solar contava com no máximo 10 milhões de anos”, disse Izidoro, cuja pesquisa “Formação e dinâmica planetária: do Sistema Solar a exoplanetas” tem apoio da FAPESP por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.
Segundo ele, os gigantes gasosos se formaram a partir da acreção, ou seja, do acúmulo do gás da nebulosa solar que envolvia o protossistema solar. Esse mesmo gás é parte daquele que serviu de matéria-prima para a formação e ignição do Sol.
A Terra se formou quando não havia mais gás à disposição, pois toda matéria da nebulosa havia sido tragada pelo Sol ou pelos gigantes gasosos, e o que não fora se dissipou ou então foi expelido para longe pela intensa radiação do Sol recém-nascido. “Estima-se que a Terra tenha se formado quando o Sol tinha entre 30 e 150 milhões de anos. O cinturão de asteroides se formou mais cedo do que a Terra, mas os asteroides só atingiram a distribuição atual ao longo da história do Sistema Solar”, disse Izidoro.
“Para explicar o modelo Caótico é preciso primeiro falar sobre o principal modelo atual de formação do Sistema Solar, o Grand Tack”, disse Izidoro. O nome dessa teoria é inspirado em uma manobra náutica chamada “cambada” ou “cambada por davante” (tacking, em inglês), que consiste em mudar a direção de um barco colocando a proa contra o vento.
Pelo modelo Grand Tack, durante a formação de Júpiter, o planeta teria migrado da sua órbita original a 3,5 unidades astronômicas do Sol até cerca de 1,5. No entanto, assim como migrara para perto do Sol, o planeta Júpiter, em seguida, realizou o caminho contrário. Isso ocorreu graças a Saturno, o segundo maior planeta do Sistema Solar.
Conforme Saturno incorporava gás e crescia, ele também migrava em direção ao Sol. Júpiter e Saturno teriam dado uma “cambada” assim que Saturno encontrou Júpiter no caminho de aproximação do Sol.
Esse movimento de ida e volta de Júpiter e Saturno, de acordo com o Grand Tack, teve duas consequências: uma para Marte e a outra para a formação do cinturão de asteroides.
No caso marciano, o “limpador” planetário no qual Júpiter (e Saturno) se convertera removeu a maior parte da matéria-prima disponível desde a órbita de Marte até o cinturão de asteroides. É por isso que Marte, ao se formar mais tarde, acumularia material suficiente para atingir apenas um décimo da massa da Terra.
Já no caso do cinturão de asteroides, a influência gravitacional de Júpiter trouxe consequências mais drásticas. Somente uma pequena fração da matéria original sobreviveu na região do cinturão de asteroides, uma quantia insuficiente para formar um planeta, mas consistente com o que é observado hoje. Além disso, a distribuição dos asteroides nesse modelo é bastante similar àquela dos asteroides reais.
Simulação computacional
Ao observar as nebulosas de protossistemas solares na Via Láctea, os astrônomos verificam as condições pelas quais planetas gigantes se formam.
“O Grand Tack é muito aceito, é bem sólido e encontra respaldo em observações astronômicas. Mas isso não quer dizer que esteja correto, nem que o cinturão de asteroides se formou da forma por ele prevista”, disse Izidoro.
Winter concorda. “O Grand Tack não é o único modelo a explicar a formação do cinturão de asteroides. O nosso modelo Caótico também é viável”, disse o professor titular do Departamento de Matemática da Faculdade de Engenharia da Unesp, coordenador do Projeto Temático "Dinâmica Orbital de Pequenos Corpos".
A diferença dos dois modelos parte de uma variável básica: a quantidade de matéria-prima disponível na região de Marte e do cinturão de asteroides. O Grand Tack parte da premissa de que havia muita matéria nessas regiões e que essa matéria foi removida por Júpiter e Saturno durante uma dramática fase de migração.
Já o modelo Caótico desenvolvido por Izidoro e Winter parte da premissa de que quase não havia matéria naquelas regiões. Tal hipótese prescinde de uma migração tão intensa de Júpiter em direção ao Sol, pois assume já de início que quase não havia matéria ali.
Estudos astronômicos são conduzidos tanto a partir de observações astronômicas como de simulações computacionais. Essas últimas são feitas ao compilar e rodar programas que simulam o comportamento dos corpos celestes que se quer estudar de acordo com as leis físicas e as variáveis que se quer testar.
“Nos estudos astronômicos, são realizadas dezenas ou até centenas de simulações diferentes. “No entanto, todas elas forneceram resultados insatisfatórios, que não reproduziam um Sistema Solar tal qual o observamos. Todas, menos uma.”
O único resultado positivo do modelo Caótico, aquele que condiz com o Sistema Solar que observamos, foi obtido por acaso. Isso aconteceu quando, nas variáveis da simulação, as órbitas de Júpiter e Saturno foram levemente alteradas, mas mantidas em uma mesma ressonância.
Dois planetas estão em ressonância quando suas órbitas estão sincronizadas à razão de números inteiros, como 1, 2, 3, 4 etc. Nesse caso específico, a configuração era tal que, para cada órbita de Saturno, Júpiter descrevia praticamente – mas não exatamente – duas voltas completas em torno do Sol. A simulação previa uma pequena vibração nas órbitas de Júpiter e Saturno.
“A vibração era mínima, incapaz de retirar os planetas do estado de ressonância, porém suficiente para alterar o equilíbrio do sistema. Foi aí que emergiu o caos que dá nome ao modelo”, disse Winter.
Em vez de a simulação calcular as órbitas de Júpiter e de Saturno como elipses perfeitas, os planetas descreveriam órbitas minimamente diferentes umas das outras, tanto na forma da elipse quanto na sua oscilação em relação ao plano do Sistema Solar. Essa condição mínima foi suficiente para alterar todo o comportamento dos asteroides no cinturão principal.
“A diferença entre o resultado dessa simulação onde Júpiter e Saturno tinham órbitas caóticas e daquelas onde não tinham foi realmente impressionante”, disse Izidoro.
“A simulação resultou em um Sistema Solar interior com Marte pequeno, com massa equivalente àquela que ele de fato tem, e um cinturão de asteroides com distribuição de corpos muito semelhante àquela observada. No nosso modelo, a distribuição dos asteroides atingiu o seu status atual em algum momento durante a infância do Sistema Solar, ou seja, durante os seus primeiros 700 milhões de anos”, disse Izidoro.
“No modelo Caótico, Júpiter e Saturno provavelmente migraram um pouco em direção ao Sol, mas em uma intensidade muito menor do que aquela do modelo Grand Tack. Na nossa concepção, Júpiter e Saturno nunca adentraram 5,2 unidades astronômicas”, disse.
O novo modelo desenvolvido pelos brasileiros e que descreve a formação do cinturão de asteroides é plausível e reproduz um Sistema Solar como o conhecemos. Mas seria essa hipótese a resposta definitiva para a questão?
“Ainda não podemos afirmar isso. Os dois modelos são a priori válidos, tanto o Grand Tack como o Caótico. Mas qualquer um deles pode ser descartado a qualquer momento, se algum deles falhar em reproduzir resultados condizentes com a realidade que observamos.
“Nosso modelo tem certas vantagens em relação ao Grand Tack, que é um modelo muito bonito, porém muito complexo. Para funcionar, ele exige que o disco do Sistema Solar satisfaça algumas condições peculiares. Já o nosso modelo Caótico é pautado em situações mais comuns, que foram observadas, como o fato de os planetas entrarem em ressonância”, disse Winter.
“O modelo Caótico é mais simples. E, na ciência, geralmente as respostas mais simples são aquelas que mais frequentemente conduzem à solução de um problema”, disse.
O artigo The asteroid belt as a relic from a chaotic early Solar System (doi: https://doi.org/10.3847/1538-4357/833/1/40), de André Izidoro, Sean N. Raymond, Arnaud Pierens, Alessandro Morbidelli, Othon C. Winter e David Nesvorny, pode ser lido por assinantes do The Astrophysical Journal